• Quem Somos
    • Declaração de Fé
    • TEOmídia
    • TEOmídia Blog
    • TEOmídia Cast
    • TEOmídia Rádio
  • Assuntos
    • Apologética
    • Casamento
    • Devocional
    • Ensino Cristão
    • Ensino Infantil
    • Estudo Bíblico
    • Evangelismo
    • Igreja
    • Sociedade
    • Teologia
    • Vida Cristã

The Good Place e as boas obras

Warton Hertz
14/07/2019
O seriado “The Good Place” pode nos ensinar algo sobre a relação entre o Evangelho e as boas obras.

Introdução

O cristão maduro e atento desenvolve uma capacidade de observar lições positivas e negativas no mundo que o cerca. Sempre em confronto com a Palavra de Deus, pode tirar conclusões preciosas para a vida. É o que ocorre ao se assistir um seriado que faz uma provocação para uma reflexão sobre as boas obras e suas motivações.

The Good Place e as boas obras

No primeiro episódio do seriado “The Good Place”, a personagem Eleanor desperta em um escritório, onde é informada que está morta. Ali, ela recebe instruções sobre seu destino final, o suposto “Bom Lugar”.
Para poder entrar nesse paraíso, é necessário ter um saldo de ações positivas. Essas ações positivas que agregam valor ao universo e geram algo de bom devem ser superiores à pontuação de ações negativas que a pessoa tenha recebido por eventual mal que tenha causado durante a sua vida na terra. Em outras palavras, é preciso ter créditos de merecimento.
Eleanor, porém, não demora muito para descobrir que está lá por engano, no lugar de outra mulher. Esta tem o mesmo nome e sobrenome, morreu no mesmo instante e tinha uma longa lista de ações positivas.
Ela conta esse fato a um professor de ética, sua “alma gêmea” no “Good Place”. Ele a ajuda a se tornar alguém melhor a fim de disfarçar sua inaptidão para o paraíso. Porém, no episódio intitulado “Qual a sua motivação?”, ao ser, finalmente, descoberta, ela recebe a chance de provar que pode se tornar uma boa pessoa. A partir de agora, ela faz de tudo para ser digna de continuar no “Good Place”.
Ocorre que nada que Eleanor realiza de bom é capaz de aumentar a sua pontuação. Ela, então, percebe que não há o que fazer pois todas as suas boas ações têm o propósito de merecer o paraíso. Elas são nada mais que o fruto de sua motivação por autopreservação.
Finalmente, ela decide que deve deixar o “Good Place”, ou “Bom Lugar”, pois não merece mesmo estar ali, e começa a se preparar para sua viagem ao “Bad Place” ou “Lugar Ruim”. A partir dessa decisão, a sua pontuação começa a subir pois, agora, ela não tem mais a pretensão de gerar créditos para si mesma.

O Evangelho e as boas obras

A série não tem uma temática cristã, mas acabou ilustrando exatamente uma importante lição do evangelho: a de que é impossível ganhar o céu através das boas obras. Isso se deve ao simples fato de que elas estarão, sempre, carregadas de uma motivação centrada em quem as realiza. Em última análise, serão, sempre e invariavelmente, egoístas. Ao ser necessário ganhar créditos para entrar nos céus, as ações positivas sempre terão um ânimo egocêntrico.
Pois bem. Aí entra o Evangelho, a boa notícia!
Ao morrer em nosso lugar e pagar o castigo que nós merecíamos, Jesus tornou possível que nossas ações positivas fossem boas de fato. Ele nos livrou da condição de ter de buscar créditos que superassem nossas ações negativas. Não bastasse isso, Ele viveu a vida perfeita nesta terra e, ao mesmo tempo em que colocou sobre si todos os nossos pecados, também atribuiu os Seus méritos a nós, livrando-nos, dessa maneira, de qualquer necessidade de auto-justificação.
Assim, em Cristo, somos, agora, livres para executar toda verdadeira ação positiva.
Sabemos que todos os méritos são de Cristo, e, portanto, estamos capacitados para buscar o bem puramente por amor ao próximo e a Deus, sem preocupação com nossa autopreservação espiritual. Não importa o que fizemos ou deixamos de fazer, Jesus já garantiu o “Bom Lugar” para aqueles que Nele creem. Estamos livres para amar sem reservas. Quando nos deu exatamente o que precisávamos para habitar nos céus, Cristo nos habilitou para toda boa obra. Como escreveu Agostinho:

“Toda boa obra em nós, não a faz senão a graça”. (Agostinho de Hipona, Epístola 105)

Cabe lembrar que isso não significa que as boas obras não importam. Veja o que nos diz Tiago, na Palavra de Deus:

“Porque, assim como o corpo sem espírito é morto, assim também a fé sem obras é morta.” (Tiago 2.26)

Ou seja, a fé sem obras é uma fé falsa, inexistente.
De fato, não somos salvos pelas nossas ações, conforme Paulo ensina em sua cara aos Efésios:

“Pela graça sois salvos, mediante a fé, e isso não vem de vós, é dom de Deus, nem de obras para que ninguém se glorie”. (Efésios 2.8-9)

Entretanto, isso também não quer dizer que elas não tenham valor, uma vez que somos salvos para praticá-las, de acordo com a continuação do texto de Efésios:

“Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas”. (Efésios 2.10)

João Calvino aponta que este versículo “indica, mais uma vez, que todas as partes das boas obras, desde o primeiro movimento, sejam próprias de Deus”. Ou seja, tudo que fazemos de bom tem em sua fonte a iniciativa de Deus. Por causa disso não há motivos para nos gloriarmos, muito menos para pensar que podemos usar as boas obras como moeda de troca diante daquele que as preparou para nós.
Mesmo, assim, a Bíblia promete que seremos recompensados pelo bem que praticarmos. Como se não bastasse gozar da salvação pelos méritos de Cristo, seremos, ainda, recompensados pelas boas obras que Ele preparou para que andássemos nelas, como o próprio Jesus nos revela em Apocalipse 22:

“Venho em breve e trago a recompensa, com a qual retribuirei a cada um segundo a sua obra”. (Apocalipse 22:12)

Conclusão

O verdadeiro Good Place é real! É a Nova Jerusalém onde um dia habitaremos com o Senhor.
Quão maravilhoso é o Evangelho, que, não somente é o poder de salvação para todo aquele que crê. Mas é, também, graça que nos habilita para recebermos o galardão nos céus como recompensa pelas nossas verdadeiras boas obras. Aquelas que não são corrompidas pelas motivações egoístas de autopreservação e justiça própria, mas tem a sua origem na graça e no amor de Cristo.
Reflita sobre esse assunto das boas obras e as pratique, não com um ânimo egocêntrico, mas com as motivações corretas e movidas pela graça.

 

Gostou deste post sobre as boas obras?

Compartilhe esta mensagem com os seus amigos, sua igreja e familiares. Deixe seu e-mail abaixo e avisaremos de cada novo post!

Conheça nosso YouTube e o TEOmídia Cast. Ouça nossa Rádio na web, iOS ou Android.

Assine gratuitamente a TEOmídia, vídeos cristãos para você e sua família. Assista quando quiser, onde quiser.

Compartilhe esta mensagem:
Post anterior
Você tem medo da morte?
Próximo post
Aprendendo com a vida de Epafrodito
O conteúdo dos artigos assinados refletem a opinião, conceitos e ideias pessoais do seu autor e não, necessariamente, do TEOmídia Blog, que se exime de qualquer responsabilidade pelos mesmos.
  • Contato
  • Permissões de Publicação
  • Política de Privacidade
Siga a TEOmídia:
Facebook
Twitter
YouTube
Instagram
Menu