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Sola gratia, sola fide ("Somente a graça, somente a fé")

Diego Venancio
28/10/2021
O que se entende por “Somente a graça” e “Somente a fé”? Entenda como esses dois lemas da Reforma Protestante são interligados nas Escrituras.

 

Continuando com o tema dos “cinco Solas” da Reforma Protestante, hoje veremos os termos Sola gratia (“Somente a graça”) e Sola fide (“Somente a fé”). Já falamos sobre a exclusividade das Escrituras em trazer conhecimento salvífico sobre Deus e a exclusividade da obra de Cristo na salvação do homem.
A graça é, sem dúvida, a doutrina que define se a igreja cai ou permanece de pé. Se é por graça, não é por obras; se é por obras, não pode ser por meio da graça que um pecador alcança a salvação.
Esse entendimento foi retomado e reforçado na Reforma Protestante diante de um contexto eclesiástico corrompido por um pragmatismo herético.

A graça que liberta do pecado

Não podemos entender a ação da graça se não compreendermos minimamente o pecado e seus efeitos na vida do homem. O pecado nos dias de hoje é um termo banalizado. No entanto, o pecado é o maior mal existente. O pecado surge da rebeldia, da desobediência, da tentativa de autonomia na busca de uma vida sem Deus.
O pecado é o maior mal porque, se pudesse, mataria Deus. Deus é o maior bem, a fonte de tudo o que é bom, perfeito e agradável. Então, aquilo que afronta a Deus, a ponto de desejar acabar com Ele, se torna o maior mal.
No momento da desobediência deliberada de Adão, o pecado entrou no mundo. Isso afetou o homem e a sua visão sobre todas as coisas, sequestrando o seu entendimento. Entretanto, não foi só isso. O pecado afetou o cosmos, toda a natureza que geme aguardando a sua redenção.
Em Gênesis 3, as Escrituras apresentam um homem rompendo com Deus. No entanto, elas também nos apresentam um Deus que, sendo onisciente, busca o homem caído em pecado. Podemos dizer que já vemos nesse ato a graça do nosso Deus, buscando o pecador para a reconciliação.

A graça é o ato de Deus para a reconciliação do homem com Deus

Em Efésios 1, temos afirmações preciosas sobre o movimento gracioso de Deus:

“Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo,
assim como nos escolheu, nele, antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor
nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade,
para louvor da glória de sua graça, que ele nos concedeu gratuitamente no Amado,
no qual temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça.” (Efésios 1.3-7)

Foi um plano maravilhoso, um mistério desvendado, para a nossa salvação, como diz Paulo mais adiante:

“Desvend[ou]-nos o mistério da sua vontade, segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo.” (Efésios 1.9)

Esse plano é preparado antes da fundação do mundo, antes do tempo, na eternidade. É implementado de maneira perfeita, sem a participação do homem no processo de redenção. Somos meros expectadores da graça.
O ponto alto da manifestação da graça de Deus em nosso favor está na cruz do Calvário, onde Jesus Cristo foi morto para o perdão dos nossos pecados. É por Cristo que Deus cria o mundo e todas as coisas. É por Cristo que Deus coloca esse plano em prática. É para revelar a Pessoa de Cristo e manifestar o Seu Reino que Deus implementa esse maravilhoso plano.

Somente a graça

Mais adiante em Efésios lemos:

“Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus;
não de obras, para que ninguém se glorie.” (Efésios 2.8-9)

Somos salvos por essa maravilhosa graça. Não depende em nada de nós, das nossas obras, da nossa bondade ou de qualquer coisa. Segundo as Escrituras, toda a humanidade está morta em seus delitos e pecados. Somente a ação de Deus, na obra de Cristo, pode libertar um pecador de sua condição.
Deus, porém, ao manifestar a Sua maravilhosa graça, espera do homem uma resposta. Essa resposta vem somente por meio da fé.

Jesus é o Autor da fé

O escritor de Hebreus nos revela uma preciosa verdade:

“Olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus.” (Hebreus 12.2)

A primeira coisa para a qual devemos atentar é a origem da fé requerida de nós.
Como afirma o escritor de Hebreus, a fé tem um Autor e Consumador: Jesus Cristo. Essa fé é criada, por assim dizer, por Cristo e é infundida no coração dos crentes. É essa fé que é requerida quando um pecador ouve o evangelho. A ação da graça requer uma resposta de fé.

A salvação vem por meio da fé somente

Segundo Paulo, em Efésios, somos salvos pela ação da graça somente, por meio da fé somente.

“Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus.” (Efésios 2.8)

Podem parecer duas coisas diferentes, mas isso é mais acessível ao entendimento se entendermos que a salvação é um processo que inicia em Deus e nos alcança. Deus age em nossa direção de maneira graciosa e o nosso coração, que nessa altura já tem a fé, responde a Deus de modo que a nossa vida é regenerada, transformada.
Sem essa fé salvífica é impossível que alcancemos a salvação.
Foi lendo Romanos que Lutero entendeu que a sua vida deveria ser pautada na fé.

“Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego;
visto que a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: O justo viverá por fé.” (Romanos 1.16-17)

Não há nenhuma obra a ser feita senão crer que o amor de Deus é revelado salvadoramente na vida santa, morte vicária e ressurreição gloriosa de Jesus Cristo.
Os ímpios serão condenados por não apresentarem essa fé salvífica. Até naquele dia, quando estiverem diante de Deus, ainda não crerão. Isso é algo impressionante. Aqueles que não foram inseridos no plano de salvação do Senhor Deus nunca serão capacitados a crer.

Conclusão

“Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não veem.
De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam.” (Hebreus 11.1,6)

Permita Deus que o conhecimento da graça dEle e da fé infundida no nosso coração mude a nossa vida. Que isso nos faça sondar o nosso próprio coração para saber se a nossa vida é pautada na fé, se realmente somos salvos pela graça por meio da fé. A partir desse entendimento, vivamos uma vida que agrade a Deus.

 

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