• Quem Somos
    • Declaração de Fé
    • TEOmídia
    • TEOmídia Blog
    • TEOmídia Cast
    • TEOmídia Rádio
  • Assuntos
    • Apologética
    • Casamento
    • Devocional
    • Ensino Cristão
    • Ensino Infantil
    • Estudo Bíblico
    • Evangelismo
    • Igreja
    • Sociedade
    • Teologia
    • Vida Cristã

Reconciliação: podemos ter paz com todos?

Marcos David Muhlpointner
10/03/2023
Há pessoas difíceis de lidar: são aquelas que nos desafiam, que procuram qualquer oportunidade para uma boa briga, aquelas que estão sempre de mal com todo mundo. Eu posso ficar com a minha consciência em paz ignorando gente assim porque elas são difíceis mesmo?


Hoje o tema será um pouco espinhoso. A Bíblia nos adverte a vivermos em paz com as pessoas. Decerto está implícito nessa afirmação que devemos buscar a reconciliação com aquelas pessoas que nos desafiam, que são difíceis. Às vezes, somos nós as pessoas difíceis e quase sempre nós queremos estar em paz com todos.

Assim, Paulo nos recomenda a reconciliação.

“Se possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens.” (Romanos 12.18)

Uma condicional para a reconciliação

Perceba que Paulo coloca uma partícula condicionante: “se”. Essa partícula é aquela usada para uma possibilidade real, uma possibilidade que realmente pode acontecer. Então, Paulo está nos ensinando que a maneira como vivemos depende de nós, quase sempre. É claro que não vivemos sozinhos no mundo. Entretanto, há algo a ser feito por quem quer seguir a Jesus: procurar viver em paz com todos.

Como conseguimos isso? Como podemos ter paz na nossa existência?

A paz que provém da reconciliação com Deus

Há um tipo de paz que temos em relação a Deus. Através do ato justificador de Jesus Cristo, a postura contrária que Deus tinha para conosco desaparece.

“Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo;

por intermédio de quem obtivemos igualmente acesso, pela fé, a esta graça na qual estamos firmes; e gloriamo-nos na esperança da glória de Deus.” (Romanos 5.1-2)

Veja: depois de sermos justificados, temos acesso a Deus, algo que não tínhamos antes dessa justificação. Obtivemos uma reconciliação. É por causa do que Cristo fez que, agora, “temos paz com Deus”. Contudo, não é disso que Paulo fala em Romanos, capítulo 12. É uma paz de outra ordem.

A paz e reconciliação com os nossos semelhantes

Quero chamar a atenção para a paz que devemos ter com os nossos semelhantes. Independentemente de quem são, como são e do que pensam, somos exortados assim:

“Esforcem-se para viver em paz com todos.” (Hebreus 12.14)

Karl Barth, em seu comentário sobre Romanos, diz:

“O conflito com nosso semelhante de maneira alguma opera a supressão ou a negação da criatura que conhecemos, ainda que a exterminemos na luta. […] Só Jesus Cristo é a negação da criatura que conhecemos. […] A luta dentro de nós e a luta com nosso semelhante deveriam cessar no instante em que reconhecermos esta realidade, por não terem mais razão de ser.” (Karl Barth, Carta aos Romanos, Fonte Editorial, 2009, p. 725)

John Stott ressalta outro aspecto dessa recomendação bíblica.

“Recusar-se a retribuir o mal é recusar-se a atiçar o fogo em uma discussão. […] Às vezes isso não é possível, pois às vezes os outros ou não estão dispostos a viver em paz conosco ou então estabelecem para a reconciliação uma condição que envolveria um comprometimento moral inaceitável.” (John Stott, Romanos, ABU Editora, p. 405).

A paz e a reconciliação devem partir de nós

Paulo está sendo claro ao dizer que a paz nos nossos relacionamentos deve partir de nós. Ele não associa isso a um pedido de perdão da outra pessoa. Se eu sou a parte ofendida, devo me lembrar das palavras de Jesus:

“Negue-se a si mesmo.” (Lucas 9.23)

Nós cristãos somos aqueles que não respondem o mal com o mal, mas com o bem, como diz Paulo.

“Não torneis a ninguém mal por mal; esforçai-vos por fazer o bem perante todos os homens.” (Romanos 12.17)

“Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem.” (Romanos 12.21)

O conflito não é uma virtude cristã

Geoffrey Wilson expande isso.

“Um prazer na discórdia não tem parte alguma na virtude cristã. Portanto, o cristão, tanto quanto depender dele, deve fazer todo esforço para preservar e promover a paz com seus semelhantes.” (Geoffrey B. Wilson, Romanos, PES, p. 184, grifos meus)

Rompimentos são mais comuns do que deveriam ser

R. C. Sproul nos aperta um pouco mais com questões desconcertantes.

“Temos algum inimigo? Temos relacionamentos rompidos? Estamos vivendo pacificamente com todos que conhecemos? Se dissermos ‘sim’ a essas questões, sugiro que necessitamos reavaliar nossas opiniões. Todos experimentamos relacionamentos rompidos e conflitos significativos com outros.” (R. C. Sproul, Romanos, Editora Cultura Cristã, p. 395)

Minha sugestão para você é que pare de ler agora e siga a recomendação de Sproul. Vá buscar a paz com quem está em conflito com você. Puxe aí na sua memória alguém com quem tenha pendências e busque-o para restabelecer a paz.

Restabelecendo a paz

A Palavra de Deus é pródiga nesse assunto. Vejamos alguns textos.

“E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas.

Ora, tudo provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação,

a saber, que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões, e nos confiou a palavra da reconciliação.” (2Coríntios 5.17-19, grifos meus)

“Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor,

atentando, diligentemente, por que ninguém seja faltoso, separando-se da graça de Deus; nem haja alguma raiz de amargura que, brotando, vos perturbe, e, por meio dela, muitos sejam contaminados.” (Hebreus 12.14-15)

Finalizemos com as palavras do próprio Jesus.

“Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; e: Quem matar estará sujeito a julgamento.

Eu, porém, vos digo que todo aquele que [sem motivo] se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento; e quem proferir um insulto a seu irmão estará sujeito a julgamento do tribunal; e quem lhe chamar: Tolo, estará sujeito ao inferno de fogo.

Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti,

deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faze a tua oferta.” (Mateus 5.21-24)

 

Gostou deste texto sobre reconciliação?

Compartilhe esta mensagem com os seus amigos, sua igreja e familiares. Deixe seu e-mail abaixo e avisaremos de cada novo post!

Conheça nosso YouTube e o TEOmídia Cast. Ouça nossa Rádio na web, iOS ou Android.

Assine gratuitamente a TEOmídia, vídeos cristãos para você e sua família. Assista quando quiser, onde quiser.

Compartilhe esta mensagem:
Post anterior
Guarde-se contra a vertigem da política
Próximo post
R.I.P. – Quem pode descansar na morte?
O conteúdo dos artigos assinados refletem a opinião, conceitos e ideias pessoais do seu autor e não, necessariamente, do TEOmídia Blog, que se exime de qualquer responsabilidade pelos mesmos.
  • Contato
  • Permissões de Publicação
  • Política de Privacidade
Siga a TEOmídia:
Facebook
Twitter
YouTube
Instagram
Menu