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Providência: o cristão e a soberania de Deus

Rev. Lucas Carvalho
05/01/2021
Sabia que não há nenhuma evidência bíblica de que as coisas acontecem por acaso? Entende o que é a providência? Já refletiu sobre o que a providência significa para a sua vida como cristão?


 

A providência para o povo de Deus

Já no título quero limitar o assunto ao povo de Deus. Ou seja, de antemão, escrevo para cristãos, ainda que a providência não se limite apenas ao povo do Senhor. Entretanto, há uma confusão na cristandade quando tratamos do assunto.

O primeiro pressuposto é que não existe causalidade. Meu primeiro ponto parece óbvio, mas parece haver certo tipo de misticismo evangélico no acaso. Ainda que seja uma afirmação inequívoca, há um abismo enorme entre o discurso teórico e a prática cristã, de modo que se afirma a providência, mas a fé é no acaso. Assim, esse primeiro pressuposto se faz necessário. Não há qualquer evidência bíblica no tocante ao acaso. O que há é a mão do santo Deus triúno regendo o mundo criado.

Assim, passemos para o segundo pressuposto – aqui vamos gastar mais energias. Conforme colocado acima, o cristianismo presume a ideia de que todo o governo da história – passada, presente e futura – estava, está e estará sob o governo soberano do Senhor. Portanto, a doutrina da providência é parte do entendimento da soberania de Deus, dos decretos soberanos do Senhor e de Seu caráter santo.

A providência na Confissão de Fé de Westminster

Dadas as explicações iniciais, quero tratar do assunto da providência na Confissão de Fé de Westminster. Vamos enfatizar e explicar alguns pontos.

“Pela sua muito sábia providência, segundo a sua infalível presciência e o livre e imutável conselho da sua própria vontade, Deus, o grande Criador de todas as coisas, para o louvor da glória da sua sabedoria, poder, justiça, bondade e misericórdia, sustenta, dirige, dispõe e governa todas as suas criaturas, todas as ações e todas as coisas, desde a maior até a menor.” (CFW V.I)

Nesse primeiro ponto, a Confissão é bem clara ao enaltecer o Senhor, que tem vontade livre, faz tudo de acordo com o Seu eterno propósito e sabedoria inescrutável, e governa toda a criação. Ou seja, como disse o teólogo Abraham Kuyper:

“Não há um único centímetro quadrado, em todos os domínios de nossa existência, sobre os quais Cristo, que é soberano sobre tudo, não clame: ‘É meu!’” (Abraham Kuyper)

Assim, o santo Deus triúno age eternamente por meio da Sua providência no mundo que a Ele pertence.

Corroborando a ideia acima, Ronald Hanko explica isso da seguinte forma:

“Providência significa que nada acontece por acontecer. Não existe tal coisa como acaso ou sorte (Mateus. 10.29). Todas as coisas são obra de Deus. Mesmo os atos pecaminosos dos ímpios e a atividade do diabo estão completamente sob o controle de Deus.” (Ronald Hanko)

A doutrina da providência

A doutrina da providência, por mais óbvia que pareça, leva a implicações profundas, por exemplo, quando a Confissão de Westminster assevera que a Providência agiu desde a Queda até os pecados atuais. Tudo isso é controlado, governado, refreado e sustentado pelo Senhor. Todavia, é importante lembrar que o Senhor de modo algum é o autor do mal ou pratica o mal. Pelo contrário, Ele é santíssimo em todos os Seus desígnios, como lemos em Tiago:

“Toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança, nem sombra de variação.” (Tiago 1.17)

Um bom exemplo da doutrina da providência é o texto de Salmo 121. No versículo 2, lemos:

“O meu socorro vem do SENHOR, que fez os céus e a terra.” (Salmo 121.2)

O verbo usado, “fez” (עָשָׂה), é um particípio ativo. Trocando em miúdos, a ideia seria de um presente contínuo, ou seja, Deus fez, mas continua fazendo. Obviamente, isso não seria no sentido criacional, mas no aspecto do sustento do universo criado. Deus não só cria, mas sustenta a Sua criação por meio da Sua providência.

Aplicações da providência

Há muitas aplicações para a nossa vida. Eis algumas:

1. A providência move o mundo. Assim, ela pode forçar algumas situações em nossa vida para que os eventos aconteçam. Estamos suscetíveis a circunstâncias boas ou “ruins”, mas pelo prisma da providência esse é o ambiente que o Senhor usa para forjar o caráter de Cristo em nós e para nos encaminhar pelos caminhos por Ele propostos.

2. A providência promove descanso. Você já parou para cogitar que o Senhor administra todas as coisas? Talvez esteja conjeturando que isso é óbvio, mas há uma distância grande entre o conceito e a vivência disso. Sendo sincero, o quanto você se alegra no governo de Deus por meio da Sua providência? Ou você é aquele tipo de cristão que diz repousar em Deus, mas na verdade é ansioso e tenta tudo do seu jeito?

A doutrina da providência mescla a nossa iniciativa de elaborar projetos com os planos soberanos de Deus. Lemos em Provérbios:

“Do homem são as preparações do coração, mas do SENHOR, a resposta da boca.” (Provérbios 16.1)

Obviamente, a vontade de Deus não será minada ou alterada por conta da vontade do homem.

3. A providência protege a Igreja. Toda a impiedade, toda injustiça e toda a maldade são controladas pelo Senhor. Ainda que nos apontem para o ponto citado acima, a segurança que temos no Senhor, por meio da Sua providência, nos leva a crer que não há poder maligno que não esteja debaixo da autoridade soberana do Senhor. A Confissão de Westminster resume isso de forma bem curiosa:

“Como a providência de Deus se estende, em geral, a todos os crentes, também de um modo muito especial ele cuida da Igreja e tudo dispõe a bem dela.” (CFW V.VII)

Resumindo, somos preservados e protegidos por meio da providência.

Conclusão

A conclusão, querido leitor cristão, é que nosso Pai celestial, por meio da Sua providência sempre sábia, justa e boa, rege a nossa história. Não há nada que apanhe nosso Senhor de surpresa. Não há situação – boa ou ruim – que faça nosso Pai Se assustar. Ele mesmo faz com que tudo aconteça, para a Sua glória e segundo o Seu beneplácito, como lemos em Efésios:

“[Ele] faz todas as coisas, segundo o conselho da sua vontade.” (Efésios 1.11)

Agradeça a Deus, porque todas as coisas cooperam para o nosso bem, como diz em Romanos:

“E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados por seu decreto.” (Romanos 8.28)

Cristão, desenvolva uma vida de contentamento por causa da providência.

 

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