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Polarização: por que a guerra constante?

Diego Venancio
04/05/2021
As pessoas publicam nas redes tudo o que lhes vêm à mente, sem filtro, e isso torna-se um campo propício para a polarização.


Já inicio dizendo que não pretendo ser exaustivo nem definitivo sobre a questão da polarização.
Este assunto é bastante recente e imagino que ainda seja alvo de muitos estudos dentro da academia. Portanto, pretendo apresentar algumas das minhas impressões sobre o assunto como observador e alguém que também sofre com a polarização, passiva e ativamente.

Todos passam pelo sentimento de polarização

As pessoas sempre tiveram motivos para debater. Existe até a máxima que diz: “Religião, política e futebol não se discute”. O sentimento de estar em atrito, em conflito com alguém por discordar de sua opinião sempre existiu. Eu diria até que é normal você se sentir em oposição a alguma ideia.
Em todas as gerações, muitos assuntos têm desafiado os homens. Tomar uma posição é algo difícil, pois certamente muitos não concordarão com ela, seja ela pessoal, política, social ou religiosa. Isso faz parte da vida.
Acontece que hoje percebemos não só o conflito, mas um sentimento mais acalorado e generalizado que parece ser mais permanente.
Se as pessoas sabiam no passado recente que esses assuntos deveriam ser tratados com cuidado, por provocar grande polarização, por que hoje as pessoas não os evitam mais? A resposta é: rede social.

A polarização e as redes sociais

A principal razão que eu observo para haver tanta beligerância entre as pessoas é o nascimento das redes sociais.
As redes sociais trouxeram um palanque para cada um. Deram voz a todas as pessoas para que pudessem expor seus pensamentos e sentimentos sobre absolutamente tudo o que quiserem – sem filtro!
Filtro seria aquele conceito bastante conhecido e antigamente chamado de bom senso. Quando pensamos em bom senso, percebemos o quanto as coisas mudaram nos últimos anos e percebemos que estamos dentro de uma guerra cultural onde as mídias sociais são a nossa principal zona de guerra.
Há conservadores de um lado, vociferando valores, condutas, tradicionalismos. Há progressistas do outro lado, querendo destruir tudo para dar lugar a uma coisa que eles sonham ser muito melhor.
As mídias sociais fizeram com que os assuntos viessem à tona sem qualquer cuidado. Qualquer coisa que vem à cabeça é escrita, geralmente como indireta, fruto de amargura, fruto de algo que não foi tratado pessoalmente, e também com grande carga de sentimento de vingança.
Reconheço que digo isso baseando-me em sentimentos pessoais sobre as redes e certamente não me orgulho disso.
As pessoas desaprenderam a ficar caladas e lidar com suas frustrações, sentimentos e desaforos. Elas dizem tudo em suas redes sociais. E isso, torna-se um campo propício para a polarização.

Redes sociais e olho no olho

Se as opiniões divergentes sempre existiram, qual foi a grande mudança, então?
Na minha opinião, o que muda é o olho no olho. Aquilo que é dito numa mídia social nem sempre seria dito frente a frente com um amigo.
A polarização é fruto da falta de empatia que em muito é gerada pelo contato pessoal. Quando olhamos nos olhos, quando tocamos as pessoas, quando ouvimos as coisas saindo de suas bocas, com o tom adequado, com os filtros aplicados, geralmente as coisas ganham um novo tom.
Mesmo quando dizemos: “Estamos, apenas, discutindo ideias”, é preciso lembrar que atrás de ideias existem pessoas com reações, sentimentos, opiniões diferentes e com histórias de vida.

Os pastores e as mídias sociais

A minha leitura é que os pastores, de modo geral, entraram tardiamente nas redes sociais, porque estavam a cuidar de pessoas de carne e osso no seu cotidiano.
No entanto, parece que eles gostaram das redes e alguns muito famosos passam a ensinar ali de maneira generalizada. Isso vale tanto para o que é bom quanto para o que é mal.
Ensinamentos e sermões são colocados à disposição o tempo todo em nome do crescimento do Reino. Isso pode ser muito bom. Entretanto, alguns pastores podem ter perdido a noção de seu ministério local e agora só conseguem fazer o seu ministério pensando em certa dose de marketing, utilizando as mídias sociais, muitas vezes deixando de lado as ovelhas, o cuidado pessoal e o aconselhamento.
Eles orientam publicamente. Trazem ensinos de como viver ou não viver. Contudo, sem o contato pessoal, sem o conhecimento do caráter do pastor, sem o seu exemplo visível, sem o olhar amoroso, esses ensinos se perdem. Correm o risco de virar mero ensino farisaico, distante da realidade. O trabalho pastoral jamais poderá ser visto como um trabalho de rede social.

As divergências

As divergências não são um mal em si. Elas são naturais, pois nos mostram o tempo todo que existem várias formas de pensar.
A polarização revela a nossa incapacidade e falta de interesse em compreender o próximo. A rede social contribui muito para o nosso egoísmo. Precisamos lutar contra isso.

A Palavra de Deus é a referência para as relações

A Palavra de Deus deve ser a base para o crente formar opiniões. Ao mesmo tempo, ela ensina sobre paciência, tolerância e amor. O crente é chamado a amar até os seus inimigos. Obviamente, porém, não somos chamados a tomar o errado por certo. Precisamos de sabedoria para saber quando, como, onde e a quem exortar, admoestar, para sermos justos no nosso procedimento.
Veja como o apóstolo Paulo tratou de uma discordância na igreja em Filipos:

“Rogo a Evódia e rogo a Síntique: pensem concordemente, no Senhor.
A ti, fiel companheiro de jugo, também peço que as auxilies, pois juntas se esforçaram comigo no evangelho, também com Clemente e com os demais cooperadores meus, cujos nomes se encontram no Livro da Vida.
Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos.
Seja a vossa moderação conhecida de todos os homens. Perto está o Senhor.” (Filipenses 4.2-5)

Conclusão

As redes sociais estão tirando de nós a capacidade de resolver problemas olhando para o irmão e conversando com ele. Precisamos pensar nisso.
Entre cristãos, reconhecidamente cristãos, por quem Cristo morreu, salvando-os de seus pecados, devemos buscar mais a unidade do que a polarização em assuntos menores. Apesar de buscarmos retidão em tudo, sabemos que a política e alguns aspectos da teologia dividem muito. Acho justíssimo termos posicionamentos firmes, mas a questão sempre está em como defendê-los.
É necessário que façamos uma autoavaliação quanto a isso. As mídias sociais não sairão mais das nossas vidas, mas precisamos aprender que aquela plataforma não substitui o contato pessoal com as pessoas. Deve-se ter muito cuidado com tudo o que é dito ali, com plateia, diga-se de passagem, lembrando que pessoalmente as coisas poderiam ser bem diferentes.

 

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