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Perdão a pecadores, condenação aos perfeitos

Marcos David Muhlpointner
16/06/2019
A ênfase exagerada ao amor de Jesus, que traz perdão à mulher adúltera, muitas vezes ofusca a condenação dada aos homens que a acusavam.

Sabemos que o ministério de Jesus Cristo é o de trazer perdão aos pecadores, transformando-os de pecadores impenitentes em pecadores que buscam a santidade.

“E Jesus, tendo ouvido isso, disse-lhes: Os sãos não necessitam de médico, mas sim os que estão doentes; eu não vim chamar os justos, mas sim os pecadores.”  (Marcos 2.17)

O ministério do Mestre não tinha interesse especial em um grupo de pessoas, visto que, conforme Romanos 3.23, eram todos pecadores e careciam da glória de Deus. Ele veio para o pobre e para o rico, para o judeu e para o gentio, para os senhores e para os empregados, para os adultos e para as crianças, para os leigos e para os religiosos. Ele veio para a prostituta e para os seus acusadores, pois ambos eram pessoas doentes:

“Mas Jesus seguiu para o monte das Oliveiras.
De manhã cedo, ele voltou ao templo, e todo o povo foi ao seu encontro; e Jesus, sentando-se, passou a ensiná-lo.
Então os escribas e fariseus lhe trouxeram uma mulher apanhada em adultério; e, pondo-a no meio de todos,
disseram-lhe: Mestre, esta mulher foi apanhada em flagrante adultério.
Na Lei, Moisés nos ordena que tais mulheres sejam apedrejadas. E tu, que dizes?
Eles diziam isso para colocá-lo à prova, para terem de que o acusar. Jesus, porém, inclinando-se, começou a escrever no chão com o dedo.
Mas, como insistissem em perguntar, ergueu-se e disse-lhes: Quem dentre vós estiver sem pecado seja o primeiro a atirar uma pedra nela.
E, inclinando-se de novo, continuou a escrever no chão.
Ao ouvirem isso, todos foram saindo um a um, começando pelos mais velhos; e ficaram apenas Jesus e a mulher, em pé no mesmo lugar.
Levantando-se e não vendo ninguém senão a mulher, Jesus lhe perguntou: Mulher, onde estão eles? Ninguém te condenou?
Ela respondeu: Ninguém, Senhor. Disse-lhe então Jesus: Nem eu te condeno. Vai e não peques mais.” (João 8.1-11)

O desequilíbrio

Infelizmente, nos dias de hoje, há um desequilíbrio nas ênfases que as pessoas dão para o comportamento de Jesus. Enquanto a ira de Jesus tratando com os vendedores do templo é esquecida, o Seu amor por essa prostituta é exaltado ao limite. A pessoas se esquecem que, sendo Jesus a exata expressão de Deus Pai, conforme Hebreus 1, o Filho era completo e perfeito em todos os Seus atributos. Nenhum deles de sobressaía sobre o outro. A passagem da mulher adúltera é um bom exemplo disso. É óbvio que Jesus amou os seus e os amou intensamente:

“Antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que havia chegado sua hora de passar deste mundo para o Pai, e tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim.” (João 13.1)

Amar não é apenas um sentimento, mas uma ação direcionada a quem se ama. Essa passagem me mostra que Jesus amou a mulher e não amou os acusadores. Essa passagem de João 8 é usada por aqueles que  defendem unicamente o amor de Jesus como sendo o exemplo máximo desse amor. Em linhas gerais, o que está no subconsciente das pessoas é algo mais ou menos assim: “Se Jesus foi capaz de amar uma prostituta a ponto de não julgá-la, é porque o Seu amor é o maior sentimento de todos. E nós devemos imitá-lo nisso! Não podemos julgar ninguém.”
Contudo, uma leitura mais atenciosa desse texto, vai nos mostrar que Jesus perdoou a mulher e deixou seus os acusadores irem embora sem perdão.
Você consegue imaginar Jesus não concedendo perdão a um pecador? Depois de ler esse texto, leia o relato da crucificação e você vai ver que Jesus nem dirigiu a palavra a um dos ladrões!

O perdão e a condenação

Mas voltando ao texto da mulher adúltera de João 8, vemos três personagens nessa história: Jesus, a mulher e os acusadores da mulher. Certamente Jesus não é o doente nessa história. Aqueles acusadores também careciam do perdão e de um toque do amor de Deus, tanto quanto a mulher – mas isso as pessoas se esquecem ou não querem admitir.
Se Jesus tinha vindo para os doentes, temos aqui uma situação em que os doentes, a mulher e os acusadores, manifestavam vários sintomas: indiferença, adultério, hipocrisia, dureza de coração, falta de amor ao próximo, cobiça, sede de morte, corporativismo, amor pelo pecado. Fico a me perguntar se Jesus veio curar a mulher e os acusadores!
Há que se destacar que a mulher não foi, espontaneamente, buscar o perdão de seus pecados. Os dois doentes dessa história não tinham consciência de suas doenças até serem, ambos, confrontados por Jesus. Será que a mulher queria ser perdoada? Será que ela não estava gostando do que fazia? Ela sabia dos riscos que corria dentro da lei de Moisés e, mesmo assim, continuava pecando.
O lucro e o prazer compensavam o medo do apedrejamento. Talvez ela tivesse uma vida difícil, talvez tenha sido abandonada pelo marido, talvez não tivesse mais família que a sustentasse. Podemos encontrar várias “desculpas” para ela ter caído na vida, mas o fato é que ela era uma pecadora que necessitava de perdão, tendo a vida fácil ou difícil! E, por isso, me pergunto que, se ela não tivesse sido pega em adultério, ela teria se arrependido? Por que ela não buscou Jesus antes desse episódio?
E o que dizer dos escribas e fariseus? Eram tão pecadores quanto ela. Talvez muitos deles já tinham se deitado com ela. Como a intenção deles era a de prejudicar a Jesus, é bem possível que eles tenham feito uma armadilha e usado a pobre prostituta como isca. E onde está o homem que estava deitado com ela? O apóstolo João escreveu que ela foi pega durante a relação sexual e, portanto, ela não estava sozinha.
Aquele homem também era um adúltero! A intenção daqueles homens era tão deliberadamente contra Jesus, e não contra a mulher, que ela poderia já ter sido apedrejada quando foi pega, eles não precisavam ter levado a mulher até Jesus. Jesus não era um juiz para julgar a causa dela. Aqueles homens estavam pecando contra Deus, contra a mulher e contra Jesus. Culpa atrás de culpa, doença atrás de doença.
O discurso moderno é o de que Jesus amava tanto que Ele jamais poderia ter uma atitude negativa em relação às pessoas, quanto mais em relação aos menos favorecidos, no caso, a mulher. E, ainda mais, Jesus jamais poderia ter uma atitude negativa em relação à salvação das pessoas.
Mas esse evento da vida do Mestre evidencia que ele não se preocupou em revogar a condenação daqueles acusadores expressa em Romanos:

“Porque todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus.” (Romanos 3.23)

E como esses acusadores eram pecadores…

“O salário do pecado é a morte” (Romanos 6.23).

… se ela merecia morrer, eles também mereciam. Mas Jesus simplesmente “deixou o jogo correr” e que aqueles homens seguissem seu próprio caminho de morte e não interviu na vida deles, como interviu na vida da mulher.
Lembremos mais uma vez que a mulher não buscou Jesus para obter perdão e nem pediu isso. No relato da Sua conversa com a mulher, toda a ação parte de Jesus e não dela. É Ele quem pergunta sobre os acusadores dela. É Ele quem dispensou a mulher perdoada, advertindo-a para que não pecasse mais, porém deixou os homens saírem, um a um, condenados por seus próprios pecados, sem dar-lhes o perdão.
Jesus tinha poder para perdoar tanto a mulher quanto seus acusadores, mas optou em mostrar misericórdia apenas para ela. Isso não faz Dele nem menos amoroso, nem mais justo. Ele é justo e amoroso na medida exata, na Sua própria medida.

“Quanto a Deus, o seu caminho é perfeito” (Salmos 18.30)

 

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