• Quem Somos
    • Declaração de Fé
    • TEOmídia
    • TEOmídia Blog
    • TEOmídia Cast
    • TEOmídia Rádio
  • Assuntos
    • Apologética
    • Casamento
    • Devocional
    • Ensino Cristão
    • Ensino Infantil
    • Estudo Bíblico
    • Evangelismo
    • Igreja
    • Sociedade
    • Teologia
    • Vida Cristã

O amor e o sentimentalismo

Júlio Pardo
19/05/2019
Em nossa geração, o objeto final do amor é a satisfação social. Como isso afeta a vida diária da igreja?

Este texto está baseado no livro “A Igreja e a Surpreendente Ofensa do Amor de Deus” de Jonathan Leeman.

Amor x Sentimento

Em uma geração marcada pela afetividade, palavras como disciplina, autoridade e obediência não parecem combinar muito com a palavra amor. Temos, portanto, um suposto embate: de um lado, o amor e suas relações afetivas; do outro, a autoridade, a obediência e a disciplina. E como temos lidado com essa possível tensão?
Primeiro, precisamos lidar com o amor enquanto sentimento, dando atenção à sua natureza. O que Deus nos ensina é que o amor vem Dele e é para Ele. É como um bumerangue que, quando lançado, nos leva pelo caminho. Deus move o nosso coração em Sua direção, trabalhando para que os nossos sentimentos estejam alinhados ao Seu querer supremo.
O amor depende de Deus. Em nossa geração, o amor se tornou dependente da publicidade. É como se o relacionamento entre amigos não existisse se não fosse publicado nas redes sociais. A opinião das pessoas e o bem estar coletivo tem dado o tom dos relacionamentos. Se pensamos no amor a partir da opinião pública, o amor deixa de ser de Deus para Deus, como o bumerangue, e passa a ser de nós para a opinião dos outros (ainda mais do que para o nosso próximo). O objeto final do amor em nossa geração é a satisfação social. A força motriz desse pensamento é: “Todos precisam pensar que somos felizes o tempo todo.”
E como isso afeta a vida diária da igreja?
Para responder a essa pergunta, é importante notar a forma simplista de pensar no amor, apenas em seu aspecto sentimental. A Bíblia, também, nos ensina sobre o amor em termos pactuais.
O casamento é um exemplo: duas pessoas estabelecem um pacto no qual se comprometem, perante Deus e testemunhas, a se amarem. Aqui não temos o sentimento puro e simples como elemento sustentador desse amor, mas sim o compromisso firmado. Não honrá-lo não é só um pecado contra o cônjuge, mas também contra Deus, pois o pacto foi estabelecido sob regras dadas por Ele. Assim como no casamento, uma igreja local é formada sob um pacto, mas entre diversas pessoas. Entre os diversos elementos desse pacto, 3 precisam ser analisados: o compromisso, a submissão e a autoridade.

O compromisso

Ser membro de uma igreja é mais do que ser um frequentador assíduo dos cultos dominicais. É firmar o compromisso com o Evangelho e com os irmãos daquela congregação. Ser membro de uma igreja não é, como muitos pensam, uma decisão apenas individual. A igreja precisa reconhecer em você os frutos do Evangelho da mesma forma que você reconhece neles. Você não é igreja sozinho.

A submissão

A quem devemos submissão na igreja?
Em primeiro lugar, devemos à Palavra de Deus. A ela somos cativos e é através dela que mantemos a comunhão. Pela Palavra, Jesus Cristo, temos comunhão com Deus e também com nossos irmãos.
Segundo, aos nossos irmãos. Deus nos ensina em Efésios 5.21:

“Sujeitem-se uns aos outros, por temor a Cristo”.

Perceba que é por temor a Cristo que servimos a nossos irmãos. O temor a Cristo deve, inclusive, ser maior do que o desejo pelo bem-estar de nossos irmão. Anelar pela formação do caráter do irmão em Cristo está acima da manutenção do bem estar entre essas pessoas.
Muitas vezes será necessário o uso da disciplina para resgatar um nosso irmão de um mau caminho. E fazemos isso por amor a ele e temor a Cristo. Quem não corrige o seu irmão ama mais a própria reputação (ninguém quer ser conhecido como intolerante, não é mesmo?) do que o próprio irmão.

A autoridade

A igreja foi revestida de autoridade por Deus. A Escritura nos diz:

“Digo-lhes a verdade: Tudo o que vocês ligarem na terra terá sido ligado no céu, e tudo o que vocês desligarem na terra terá sido desligado no céu.” (Mateus 18.18)

A aceitação pela comunidade de Deus representa a aceitação do próprio Deus. Se Deus nos resgata e nos redime, é natural e fundamental fazer parte de uma igreja. Ela é a representação visível do ajuntamento dos santos que pertence ao corpo invisível de Cristo.
A igreja é como uma embaixada do Reino Celestial, reconhecendo seus cidadãos em meio a um território estrangeiro. Da mesma forma, se um membro não vive em conformidade com o Evangelho, que é aquilo que o distingue enquanto cidadão celestial, recusando-se sistematicamente a aceitar o que diz a Escritura, a membresia não só tem poder como tem a obrigação de discipliná-lo. E por disciplina entenda a exclusão dessa pessoa da membresia. Nisso consiste o amor na disciplina: zelar pela salvação do outro mais do que pelo bem estar social.
Deus, assim como delegou a Adão o cuidado do jardim, delegou à Igreja o cuidado de seu rebanho. E assim como Adão fez mau uso de sua autoridade, a Igreja também pode fazer mau uso da autoridade dada por Deus. Por isso precisamos entender a submissão à autoridade da Igreja enquanto delegada por Deus, e não inerente em si.

Conclusão

Em tempos de sentimentalismo tóxico, a afirmação bíblica da membresia e disciplina, compreendidas sob os aspectos do compromisso, da submissão e da autoridade, é um tremendo desafio.
Que possamos ter temor a Deus para afirma-las em subserviência às Escrituras.

 

Gostou deste post sobre o amor e o sentimentalismo?

Compartilhe esta mensagem com os seus amigos, sua igreja e familiares. Deixe seu e-mail abaixo e avisaremos de cada novo post!

Conheça nosso YouTube e o TEOmídia Cast. Ouça nossa Rádio na web, iOS ou Android.

Assine gratuitamente a TEOmídia, vídeos cristãos para você e sua família. Assista quando quiser, onde quiser.

Compartilhe esta mensagem:
Post anterior
O evangelho fala de ressurreição
Próximo post
A queda
O conteúdo dos artigos assinados refletem a opinião, conceitos e ideias pessoais do seu autor e não, necessariamente, do TEOmídia Blog, que se exime de qualquer responsabilidade pelos mesmos.
  • Contato
  • Permissões de Publicação
  • Política de Privacidade
Siga a TEOmídia:
Facebook
Twitter
YouTube
Instagram
Menu