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Soli Deo gloria ("Glória somente a Deus")

Diego Venancio
05/11/2021
O lema da Reforma Protestante “Glória somente a Deus” parece claro, mas você já refletiu sobre o motivo de darmos glória somente a Ele e como podemos fazer isso?


Concluindo o tema dos “cinco Solas” da Reforma Protestante, hoje veremos o último: Soli Deo gloria (“Glória somente a Deus”). Relembrando, falamos primeiro da exclusividade das Escrituras em trazer conhecimento salvífico sobre Deus. Depois, consideramos a exclusividade da obra de Cristo na salvação do homem. No último post, vimos que é somente por causa da maravilhosa graça de Deus que o pecador é salvo e a resposta do pecador a essa graça vem somente por meio da fé.
Gostaria de iniciar este post lembrando que o nosso Deus zela pelo Seu próprio nome. Logicamente, Ele deseja glória exclusiva ao Seu nome.

Deus zela pela Sua glória

Vou apresentar alguns textos que confirmam essa tese.
Em Êxodo 20 temos:

“Eu sou o SENHOR, teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão.” (Êxodo 20.2)

Deus Se distingue para o Seu povo Israel no momento de dar a eles os Dez Mandamentos. Um povo que saiu do Egito, uma nação com muitos deuses, precisa ser ensinado a amar somente a Deus.
Deus não pode ser confundido. O Deus de que tratamos aqui é o Deus que fez os céus e a terra. É Aquele que é soberano. Ele não pode ser confundido com a Sua criação. O Deus de que tratamos é Aquele cuja natureza é espiritual, imaterial, eterno. É Ele quem cria o tempo e o espaço. A esse Deus devemos glória, louvor e honra.
Ainda nos Dez Mandamentos, os primeiros quatro tratam de como Deus deseja que vivamos diante dEle. Tratam dos nossos compromissos para com Deus. Mais adiante em Êxodo 20, Deus diz:

“Não as adorarás [isto é, as imagens], nem lhes darás culto; porque eu sou o SENHOR, teu Deus, Deus zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem
e faço misericórdia até mil gerações daqueles que me amam e guardam os meus mandamentos.” (Êxodo 20.5-6)

Deus não divide a Sua glória

A tese é que Deus não quer dividir a Sua glória com ninguém pelo fato de ser o único Deus verdadeiro e Ele é zeloso para com o Seu próprio nome. O terceiro mandamento fala sobre não tomarmos o nome de Deus em vão. Isso se aplica a como tratamos não só o nome de Deus, mas a Sua fama na terra. Por exemplo, se dizemos que somos servos de Deus, mas vivemos de maneira contrária à Palavra de Deus, cometendo erros grosseiros diante dos ímpios, nós difamamos o nome, a honra e a fama do nosso Deus. Assim, acabamos por tomar o Seu nome em vão.
Lemos, em Hebreus:

“Por isso, recebendo nós um reino inabalável, retenhamos a graça, pela qual sirvamos a Deus de modo agradável, com reverência e santo temor;
porque o nosso Deus é fogo consumidor.” (Hebreus 12.28-29)

O argumento do escritor de Hebreus é que recebemos um reino, um reino inabalável. Esse reino é para nós manifestação da graça, um privilégio sem par. Ao trabalharmos nesse reino de modo agradável, devemos exercer reverência e temor por um motivo muito especial: Deus é fogo consumidor. Deus não aceita um serviço qualquer. Ele é exigente quando a questão é a Sua própria glória.

Deus santifica o Seu próprio nome

Na oração ensinada pelo nosso Senhor Jesus aos Seus discípulos, Ele inicia dizendo:

“Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome.” (Mateus 6.9)

Jesus deseja que o nome do Pai seja santificado. Ou seja, Deus mesmo cuida para que o Seu nome seja santo, e nós como Seus servos devemos trabalhar para que a glória de Deus nunca seja usurpada.
É por essa razão que Deus nunca poderia aceitar pecadores. Por isso, Ele revela o Seu amor na Pessoa de Cristo.

Deus purifica pecadores para a Sua glória

Considere este texto:

“Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” (João 3.16)

Quando lemos esse texto tão conhecido, geralmente cometemos um equívoco. Esse equívoco é compreender “de tal maneira” como sendo uma intensidade específica. No entanto, não é intensidade, apesar do amor de Deus ser realmente grande e poderoso. “De tal maneira”, na realidade, é uma forma específica. Deus nos amou através do Filho.
A maneira mais adequada de nos referirmos ao amor de Deus por nós é dizer que Deus nos amou no Filho, em Jesus Cristo. Sem Cristo, estávamos debaixo da ira; em Cristo, estamos debaixo do amor de Deus. Tudo isso por quê? Porque Deus preserva a Sua própria glória e nos aceita somente transformados pela obra realizada através do Filho.

O culto a Deus

Talvez o valor mais rico que a teologia reformada nos traz é o entendimento de que o Deus da aliança entra em aliança com o Seu povo e deseja que esse povo O cultue. O quarto mandamento fala sobre a separação de um dia para o descanso e ao mesmo tempo para a contemplação do nosso Deus.
Todo o Antigo Testamento é marcado pelos ritos e sacrifícios que apontavam para Cristo. Hoje, o culto é feito no nome de Cristo. O culto abarca todos os ritos antigos na Pessoa de Jesus Cristo. Deus sempre quis que o Seu povo estivesse em culto diante dEle.
O teólogo Palmer Robertson diz que separamos o domingo para o descanso no advento da igreja por ser esse o dia da ressurreição do nosso Salvador Jesus Cristo. Com esse evento, muda-se a maneira de ver o dia do descanso. Se no passado os nossos pais trabalhavam, trabalhavam, e depois descansavam no sábado, após a ressurreição começamos a semana no domingo, no descanso espiritual que conquistamos em Cristo, e depois trabalhamos, trabalhamos.
Esse é o serviço que prestamos ao Senhor, de modo agradável, com zelo, reverência e santo temor. O culto público é o que ensina o crente na Palavra, alimenta-o na participação dos sacramentos, isto é, o batismo e a ceia, e o faz participante do corpo através da comunhão dos santos.

Conclusão

Os serafins não ousam vê-lO, tendo duas asas cobrindo o rosto. Falam entre si, dizendo:

“Santo, santo, santo é o SENHOR dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória.” (Isaías 6.3)

A glória de Deus é algo caro ao nosso Deus. Nós também devemos amar a glória de Deus. Devemos tentar, cada dia mais, excluir da nossa vida qualquer idolatria que roube do Senhor a glória. Devemos andar de maneira mais santa, para que sejamos reconhecidos como filhos de Deus. Assim, quando as pessoas olharem para nós, darão a Deus toda a glória pela nossa vida.
Como diz John Piper:

“Deus é mais glorificado por nós quando nós nos sentimos mais saciados por Ele.” (John Piper)

Que Deus seja glorificado em nossa vida.

 

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