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Federer: um gênio vencido pelo tempo

Diego Venancio
14/10/2022
O tenista Roger Federer está se aposentando, após uma longa e ilustre carreira. Refletimos aqui sobre o esporte, o tempo e a graça de Deus.


Não sei se você é apreciador do tênis. Eu sou. Roger Federer é sem dúvida o maior nome do esporte de todas as gerações.

Sinceramente, sou torcedor do Rafael Nadal. Entretanto, todos os torcedores de todos os outros jogadores se rendem a uma verdade: Roger Federer é o maior de todos.

Dizem que o tênis é um dos esportes mais difíceis de aprender. Não sei se é verdade, mas como praticante desse esporte sou testemunha: é mesmo muito desafiador. No entanto, vendo o Federer jogar, temos a impressão de que o tênis é algo extremamente simples. É praticamente um balé.

O anúncio da sua aposentadoria foi feito no dia 15 de setembro de 2022. Ele iria participar, apenas, da Laver Cup. Esse torneio, criado por ele para confraternização, foi realizado no período de 23 a 25 de setembro de 2022. Alí, um time é formado para representar a Europa e outro para representar o resto do mundo. Alguns jogos de simples e duplas foram disputados e ao final o resto do mundo venceu e levou a Laver Cup, pela primeira vez. O nome desse torneio foi dado em homenagem ao grande jogador Rod Laver, tenista australiano que até então era considerado o maior da história pelo número de conquistas.

As coisas, no tênis, vêm antes e depois de Roger Federer. Ele teve que inovar, inventar formas de jogar para permanecer competitivo. Começou a enfrentar o seu mais duro oponente, Rafael Nadal, que o desafiou até o limite.

Esse anúncio de aposentaria mexeu comigo, porque sempre nos deparamos com o fim das coisas. Foi uma carreira incrível; talvez o maior jogador de tênis que eu puder ver jogar está parando. Teve uma carreira bonita, sem percalços, sem escândalos fora da quadra. É exemplo de homem de família, um bom amigo, segundo os colegas do esporte. Tornou-se paradigma do esporte.

Isso me fez refletir sobre algumas coisas que compartilharei aqui.

O esporte é uma dádiva de Deus

Eu pratico esportes desde cedo. O esporte faz bem ao meu corpo e à minha mente.

Sejamos honestos: muitas vezes temos tempo ocioso e acabamos usando mal esse tempo. Um tempo de descanso, que às vezes nos atrapalha, usamos até mesmo para pecar. Isso me lembra do adágio: “Mente vazia, oficina do diabo”.

O esporte, porém, nos dá uma bela forma de usarmos o nosso tempo de descanso. Por isso, não temo afirmar que o esporte foi dado por Deus para o nosso benefício.

Em 1Timóteo, Paulo diz:

“Pois o exercício físico para pouco é proveitoso, mas a piedade para tudo é proveitosa, porque tem a promessa da vida que agora é e da que há de ser.” (1Timóteo 4.8)

Paulo não desmerece a atividade física. Ele a compara com a prática da piedade, que sem sombra de dúvida tem um valor muito superior. A prática da piedade nos levará à vida eterna enquanto a prática da atividade física é para este corpo, este plano que virará pó.

Falamos em posts passados sobre a teologia do corpo e como é importante termos cuidado com ele. Eu me recordo de uma frase do famoso pregador escocês Robert Murray McCheyne: “Deus me deu uma mensagem para entregar e um cavalo para cavalgar. Infelizmente matei o cavalo e agora não tenho como entregar a mensagem”.

O esporte é uma maneira saudável de cuidar do corpo, da mente e de abstrair sem cometer pecado.

Aliás, aproveitar as coisas do mundo sem idolatrá-las é uma grande bênção. Desfrutamos delas com o entendimento de que Deus as criou e as deu para nós pela Sua graça. Poderíamos dizer que somente o crente pode usufruir da maneira correta dessas dádivas que Deus nos dá.

O Federer é um grande testemunho da graça

Confesso que mesmo como teólogo conheço pouco da graça. Por exemplo, fico abismado quando duas pessoas que não são cristãs, não conhecem a graça de Deus nem têm conhecimento objetivo sobre Deus, se casam e conseguem ter uma vida de fidelidade e respeito até que a morte as separe.

Isso só pode ser ação da imensurável graça de Deus aplicada à vida do homem, trazendo qualidade de vida e contendo a ação do mal proveniente do pecado que há nele.

Vejo o Roger Federer nas quadras, seu amor ao esporte, sua perfeição, dedicação e influência na vida de tantas pessoas. Vendo um jogador assim, só posso dizer que é Deus que está fazendo isso, embora o Federer não reconheça a ação de Deus em sua vida. (Não conheço a sua fé.)

Então, Deus nos dá um esporte e pessoas que nos inspiram, assim como grandes crentes nos inspiram a sermos crentes melhores. Sim, creio nisso! A vida é tão vasta, complexa, maravilhosa que é tolice nos fecharmos a um único modo de Deus Se manifestar. Certamente Deus fala através da Bíblia, que é a Sua palavra. Ela nos ensina que Deus dotou o homem com habilidades em todas as áreas do conhecimento. Deu-lhe um mandato cultural, ou seja, a ordem de dominar sobre todas as coisas, elevar ao mais alto nível aquilo que estiver à mão para fazer. Deus é o Deus da excelência.

“Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam pela terra.” (Gênesis 1.26)

Portanto, ainda que não saiba, o Roger Federer glorifica a Deus pela sua excelência em jogar tênis.

O tempo passa e tudo chega ao fim

Esse tipo de coisa prega ao nosso coração: “Tudo tem um fim”.

Na verdade, o que consideramos ser o fim de tudo deveria ser o começo da filosofia que rege a nossa vida. Deveríamos começar a nossa vida sabendo que um dia ela vai acabar.

O Federer foi um atleta longevo. Entretanto, com os seus 41 anos diz que o corpo não suporta mais as dores, cirurgias e constantes lesões.

Diante disso, não posso me esquecer do sábio de Eclesiastes.

“Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu: há tempo de nascer e tempo de morrer; tempo de plantar e tempo de arrancar o que se plantou.” (Eclesiastes 3.1-2)

Veja o que Tiago diz:

“Vós não sabeis o que sucederá amanhã. Que é a vossa vida? Sois, apenas, como neblina que aparece por instante e logo se dissipa.” (Tiago 4.14)

As Escrituras nos ensinam a sermos moderados, dedicados, sim, mas cuidadosos. Elas nos ensinam a entendermos que o nosso tempo aqui acaba. É sábio discernir o tempo.

Conclusão

Obrigado, Roger Federer, por ser esse ícone de perfeição no esporte, além de moralmente íntegro, até onde podemos avaliar. Mesmo não sabendo sobre a sua vida espiritual, posso dizer seguramente: a Deus seja dada a glória pelo dom que deu ao Roger Federer de exercer esse esporte no seu mais alto nível.

 

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