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Evolução e Criação não andam juntas

Marcos David Muhlpointner
25/05/2020
A explicação evolutiva necessita da presença da morte dos mais fracos. A do Gênesis diz que houve um tempo em que todos os seres estavam em perfeita sintonia, sem nenhum tipo de morte.


Hoje, ouço falar muito sobre evolução e criação. Mas nem sempre foi assim.

Deus, o criador de tudo o que há

Quando eu era criança e frequentava a Escola Dominical, nem meus professores nem meus amigos tínhamos dúvida: Deus era o criador de tudo o que existia. E Ele criou tudo de modo miraculoso, em 6 dias de 24 horas, fazendo com que os seres bióticos e abióticos existissem pela Sua palavra. Ouvia isso na classe, ouvia isso do meu pai pregando domingo após domingo, lia isso em comentários bíblicos. Eu estou falando de um tempo situado no final dos anos 1970, até a metade dos anos 1980.

“No princípio, criou Deus os céus e a terra.
A terra, porém, estava sem forma e vazia; havia trevas sobre a face do abismo, e o Espírito de Deus pairava por sobre as águas.
Disse Deus: Haja luz; e houve luz.
E viu Deus que a luz era boa; e fez separação entre a luz e as trevas.” (Gênesis 1.1-4)

A interpretação literal

Foi por volta de 1986, com 14 anos, que ouvi pela primeira vez, na Biblioteca Evangélica do Brasil, que ficava na Rua 24 de Maio, que o Gênesis deveria ser interpretado de um outro jeito que não o literal. Então, assustado, perguntei para o Rogério, um amigo meu, com quem conversava, se o perdão dos nossos pecados e a ressurreição de Jesus também não eram literais. A resposta dele foi que “…esses textos foram escritos de forma diferente!”. Foi esse o meu primeiro contato com a exegese e a hermenêutica – mas eu ainda não sabia que matérias eram essas.
Para mim, a criação e a ressurreição de Jesus tinham a mesma característica: eram eventos únicos realizados por Deus, que é o único que tem poder para isso! Nunca houve dúvida, na minha mente e no meu coração, sobre o fato de que Adão e Eva foram pessoas históricas e literais. Eles foram criados, exatamente, do jeito que Moisés escreveu (para o meu amigo Rogério, o Gênesis tinha sido escrito por vários autores!). Nunca foi um problema, para mim, Deus soprar o fôlego de vida e Jesus mandar Lázaro sair do túmulo.

Estudando evolução

Mas em 1996 resolvi entrar para a faculdade de Biologia. E sabe o que aconteceu? Continuei crendo da mesma forma! Mas fui apresentado a uma nova maneira de pensar, que separava de maneira bem estanque o relato bíblico, da explicação científica (mais tarde vou voltar nesse ponto).
Agora, na faculdade, estudando a evolução, eu começava a ter críticas científicas sobre a proposta do Darwin. Em 1997, na aula sobre seleção natural, questionei sobre o caráter das mutações genéticas como mecanismo evolutivo. As mutações do DNA são, na esmagadora maioria, silenciosas, ou não se expressam ou ainda incompatíveis com a vida. Contudo, é um dos principais mecanismos para a evolução.
Depois de eu questionar uma fala do professor sobre as mutações, um colega virou-se para mim e disse: “…mas você é crente”. Respondi: “e daí… não estou falando de Bíblia”.

O confronto de duas visões

Alí estava estabelecida, pela primeira vez de modo claro, e bem na minha frente, duas visões que não batiam: o naturalismo e o sobrenaturalismo. A primeira se baseia apenas naquilo que a razão e a experimentação dizem ser verdadeiro. A segunda, pressupõe a existência de uma entidade divina. Essa é, para mim, a única visão que existe, a do Deus que Se revelou na Bíblia Sagrada. Essas são duas explicações radicalmente diferentes para o mesmo assunto. Até onde eu vejo, são explicações incompatíveis. Não dá para a criação e a evolução andarem juntas.

O processo evolutivo

Veja, você, que o processo evolutivo é explicado em termos absolutamente naturais, sem a interferência de uma entidade divina. O processo não é guiado por uma ação sobrenatural. As forças que atuam no processo evolutivo são as mutações, a seleção natural, a deriva genética e o fluxo gênico de populações migrantes – todos esses processos explicados sem que Deus seja levado em consideração. Até aí, isso está certo, pois Deus não é objeto de investigação científica. Por isso, em certo sentido, Deus não faz parte de explicações científicas.

O relato bíblico

Entretanto, a maneira como os seres vivos e o mundo físico surgiram fazem parte do relato bíblico. Por isso mesmo, precisam ser interpretados à luz de todo o contexto bíblico. É bem verdade que o texto escrito por Moisés não é científico. Os seus leitores não tinham esse conhecimento para entender. Mas, também, o texto não é exaustivo, não há explicações, detalhadas, de como se deu esse processo.
A pergunta é como os leitores originais de Moisés entenderam esse texto?
Da mesma forma que eles não tinham recursos científicos para entender uma escrita científica, também não tinham recursos linguísticos para fazer uma análise literária do texto que estavam recebendo. O texto deveria comunicar a verdade dos fatos, sem margem para dúvidas e ensinar algo sobre Deus para o povo.

Uma cosmogonia diferente

Depois de 400 anos de escravidão, tendo o Egito conquistado quase todo o mundo conhecido, tanto Moisés quanto o povo conheciam as explicações dos povos pagãos sobre a cosmogonia. Mas Moisés, ao contrário do que existia na época, mostra uma cosmogonia totalmente diferente. A natureza não é divina, o criador da natureza está fora dela, mas intervém nela. Como se não bastasse, existia apenas um Deus que havia criado tudo. E Ele o fez de um modo completamente diferente dos outros “deuses”: Ele falou!
Se Moisés quisesse expressar algo diferente disso, ele poderia ter feito de outra forma, com outras palavras. Ora, ele tinha conhecimento suficiente para se expressar da forma que quisesse. O fato é que os seus leitores originais, quando liam o que tinha sido escrito, sabiam, exatamente, como o mundo tinha surgido. O mundo não era o resultado do casamento de deuses. Não era fruto de uma briga entre deuses. Muito menos, de uma aleatoriedade natural que, da maneira mais fortuita possível, fez tudo aparecer.

Conclusão

Portanto, não vejo compatibilidade na associação entre evolucionismo e o relato bíblico, muito menos em se dizer que, por serem assuntos que não se interferem, essas explicações não se interferem. Deus poderia ter usado a evolução para criar os seres vivos? Eu afirmo que não. A explicação evolutiva necessita da presença da morte dos mais fracos. A explicação do Gênesis diz que houve um tempo em que, seres bióticos e abióticos, estavam em perfeita sintonia, sem nenhum tipo de morte.

 

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