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Disponibilidade: estamos disponíveis ao Senhor?

Gilmara Bianchine
28/10/2022
A sua devoção aos domingos continua ao longo da semana? Qual é a sua disponibilidade no tocante ao Senhor?

Costumamos cantar músicas de consagração a Deus aos domingos, mas será que essa devoção persiste durante a semana? Estamos ocupados demais em nossos próprios pensamentos e atividades para oferecermos nossa disponibilidade ao nosso Criador?

Como está a sua disponibilidade?

“Oh Senhor, eu quero estar disponível em Tuas mãos,
Minha vida em Teu altar em total consagração.
Eu nasci p’ra Te servir; sou escravo da Tua graça.
Vem minha vida dirigir; és o oleiro, eu sou barro em Tuas mãos.” (Koinonya, 2002)

Há algumas semanas tentei marcar uma consulta através do site de uma clínica. Várias vezes, após escolher a data e o horário desejados, abria-se uma janela com a mensagem: “Não foi possível completar sua solicitação. Seleção indisponível”.

Alguns dias depois, lavando a louça, comecei a cantarolar uma canção da finada banda Koinonya, chamada “Disponível em Tuas mãos”. Mais tarde, ouvi meu marido ao telefone, perguntando a um colega qual era a disponibilidade dele para marcarem uma reunião. Achei graça nessas ligações que o cérebro faz de vez em quando. Indo e voltando no tempo, mescla palavras e cria novas conexões. Também aprofundei um pouco mais o raciocínio, pensando como Deus nos ensina através das coisas mais banais do nosso cotidiano.

Compreendendo a disponibilidade

Vamos analisar dois sentidos do termo “disponibilidade”. Primeiro, temos o sentido que diz respeito a um espaço vazio. Em seguida, temos o que se refere a algo ou alguém estar desimpedido, sem bloqueios e pronto para alguma tarefa.

Podemos imaginar um imóvel sem moradores nem móveis, apto para ser alugado ou vendido imediatamente, por exemplo. É um lugar livre, adaptável às necessidades do futuro residente, passível de uma decoração de acordo com gostos pessoais, moldável.

De forma semelhante, podemos cogitar que um amigo precisa de uma carona para o aeroporto. Você é o único da turma que está de folga nesse dia, tem carro e conhece muito bem o caminho.

Vamos considerar em que aspectos podemos relacionar essas ilustrações com a maneira como levamos o nosso relacionamento com o Senhor.

Criando problemas

“Ou não sabeis que o nosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos?” (1Coríntios 6.19)

De saída e de forma muito clara, esse versículo estabelece uma verdade fundamental: esse templo não nos pertence. Lembrando o exemplo da disponibilidade de um imóvel, podemos dizer que não somos nós que buscamos uma casa para habitarmos. É o próprio Espírito Santo que nos busca para fazer morada em nós.

Quando o Senhor nos encontrou, no início da nossa jornada na fé, nós não estávamos disponíveis. Estávamos atravancados de móveis, utensílios, tapetes, cortinas, por assim dizer. Havia todas essas coisas que formam um lar e tantas outras guardadas caso futuramente houvesse necessidade delas.

Todas são figuras dos sofrimentos, problemas, preconceitos, orgulhos e vaidades que empacotamos ao longo da vida. Vamos entulhando essas coisas no coração.

Como todo processo de limpeza, Jesus iniciou abrindo as janelas para ventilar o ambiente e permitir a entrada da luz. Chamou a caçamba para os pecados maiores e evidentes; abriu espaço. Renovou a pintura, jogou fora o lixo, pôs persianas novas, alguns quadros, tornou o lugar habitável. Entretanto, esse é um processo longo. Sabemos que só se completará naquele grande dia.

Nossa natureza caída faz com que essa morada tenha suas mazelas constantes, como goteiras inesperadas num dia de tempestade. Muitas vezes, para cada limpeza que o Mestre empreende, tratamos logo de arranjar outros cacarecos para colocar no lugar. Vamos aborrecendo o Proprietário, rejeitando Seus critérios e criando entraves para o trabalho que Ele deseja operar em nós.

Espalhando problemas

A indisponibilidade que insistimos em promover em nossa vida causa problemas particulares. Precisamos olhar para as consequências inevitáveis que vão se refletir nas relações com o próximo.

“Somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas.” (Efésios 2.10)

Ou seja, não fomos criados apenas para ter um relacionamento com o Criador. Também fomos criados para manifestarmos esse relacionamento através do serviço aos nossos irmãos e da pregação do evangelho aos incrédulos.

Se você fosse o amigo da segunda ilustração, tendo todos os requisitos para prestar auxílio, teria ido imediatamente? Ou teria arranjado uma desculpa? Será que o nosso egoísmo, disfarçado de individualidade e privacidade, tem nos roubado da missão de assistir aos nossos irmãos?

Temos apelado à nossa agenda apertada ou até mesmo ao nosso lazer (quando não preguiça) para nos esquivarmos da oportunidade de edificar-nos uns aos outros através de oração mútua, aconselhamento ou tarefas ordinárias? Escondemos os dons e talentos com os quais fomos agraciados, em vez de desenvolvê-los e abençoarmos o mundo? Recusamos a chance de apresentar Cristo a um incrédulo por pressa ou mesmo desinteresse?

Nossa disponibilidade deve ser constante

A Palavra nos ajuda, então, a percebemos que não nos criamos a nós mesmos, mas que fomos criados. Não pertencemos a nós mesmos, mas somos do Senhor. Não existimos para viver de maneira autocentrada, mas para colaborarmos na obra de Deus no mundo.

Apesar de regenerados, ainda não nos livramos completamente das distorções que o pecado nos causou. Portanto, às vezes, agimos como se fôssemos nossos próprios donos. Ou seja, chutamos o balde, fazemos birra e dizemos: “Vou fazer o que eu quero”.

Nunca é dessa maneira caricata, é claro; afinal, o nosso coração enganoso é muito astuto. É bom em construir capas de justiça farelenta. Momentaneamente, assumimos a fala das nações bradando:

“Rompamos as suas ataduras, e sacudamos de nós as suas cordas.” (Salmo 2.3)

É como se esquecêssemos que, como diz a canção citada lá no início, somos escravos da graça. Ridiculamente, queremos nos “pegar de volta” das mãos do Senhor. Se Ele mora em nós, não temos para onde ir.

Não podemos nos furtar aos propósitos que a Sua eterna vontade desenhou antes que houvesse mundo. Não precisamos de argumento melhor do que o de termos sido comprados por alto preço, que nosso viver é Cristo.

Os cristãos que se empenham em sua santificação podem, pela graça divina, enxergar a segurança, o propósito e a bênção que residem em viver intencionalmente a disponibilidade ao Senhor, às Suas ordens, ao Seu serviço, lembrando dessas premissas todos os dias. O missionário Jim Elliot, morto pelos indígenas que tentava evangelizar, se expressou muito bem: “Não é tolo aquele que abre mão do que não pode reter para ganhar o que não pode perder.”

 

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