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Contribuição, suas consequências e seus benefícios

Diego Venancio
09/02/2020
Quando se trata da contribuição para o trabalho do Senhor, é preciso mais do que boas intenções; é preciso ação.


Hoje, falaremos sobre a contribuição proposta no texto bíblico que se encontra na segunda carta de Paulo aos Coríntios, em especial no início do capítulo 9. Nele, Paulo tem algumas importantes observações a fazer à Igreja de Corinto.
O assunto do texto é a respeito de uma oferta que a Igreja de Corinto deveria levantar para socorrer a Igreja da Judéia.

A misericórdia

A misericórdia está presente na teologia de Paulo e sempre presente em suas preocupações como vemos nesse texto, na Carta aos Gálatas:

“e, quando conheceram a graça que me foi dada, Tiago, Cefas e João, que eram reputados colunas, me estenderam, a mim e a Barnabé, a destra de comunhão, a fim de que nós fôssemos para os gentios, e eles, para a circuncisão;
recomendando-nos somente que nos lembrássemos dos pobres, o que também me esforcei por fazer.” (Gálatas 2.9-10)

O chamado à contribuição

A saída de Paulo de Corinto fez com que o desejo de contribuição dos membros daquela igreja aos seus irmãos da Judéia arrefecesse.
No início da fome que ocorreu na Judéia, Paulo usou a disposição dos coríntios para motivar outros crentes como os da Macedônia, por exemplo. Mas com essa lentidão demonstrada pelos coríntios, Paulo inverte o argumento. Agora passa a usar as igrejas pobres da Macedônia como motivação para os coríntios levarem a sério a sua contribuição. Foi nesse contexto que Paulo escreveu este trecho da Carta aos Coríntios.
Vemos que, por fim, o apelo de Paulo funciona.
Em Romanos, no versículo 26 do capítulo 15, Paulo diz que

“aprouve à Macedônia e à Acaia levantar uma coleta em benefício dos pobres dentre os santos que vivem em Jerusalém.” (Romanos 15:26)

Essas palavras testificam que a igreja de Corinto respondeu ao chamado de Paulo à contribuição.
Voltando ao texto de 2 Coríntios 9, vemos que o mesmo nos traz alguns importantes ensinos que quero destacar.

A contribuição de uns motiva a de outros.

“Ora, quanto à assistência a favor dos santos, é desnecessário escrever-vos,
porque bem reconheço a vossa presteza, da qual me glorio junto aos macedônios, dizendo que a Acaia está preparada desde o ano passado; e o vosso zelo tem estimulado a muitíssimos.” (2 Coríntios 9.1-2)

Vemos, claramente, que o zelo da Igreja de Corinto “tem estimulado a muitíssimos”. O exemplo dos coríntios motivou os macedônios. Mas com a vagareza dos coríntios, Paulo usa os macedônios para motivar os da Acaia.
As Escrituras compreendem o estímulo mútuo para as boas obras.
A Igreja nos ensina de muitas formas: através do ensino direto da Palavra, mas também através do exemplo e a vida dos irmãos. Não podemos desprezar esse meio de graça para nós. É bonito vermos irmãos que são abundantes, incansáveis na obra do Senhor; aqueles que são piedosos, zelosos, preocupados com as coisas do Senhor e com o funcionamento da sua igreja.
Em Hebreus 10:24 lemos;

“Consideremo-nos também uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras.” (Hebreus 10:24)

Na questão da contribuição isso também acontece. Ver irmãos fiéis na contribuição, que doam, que ajudam os outros, nos desafia, ou pelo menos deveria nos desafiar a andar assim também.
Paulo afirma que essa disposição encontrada na igreja de Corinto havia “estimulado a muitíssimos”. As boas ações devem ser estimuladas. E o melhor método para isso é fazendo essas boas ações.
Nós aprendemos muito por constrangimento. Ficamos constrangidos quando vemos que um irmão é pródigo com os seus recursos para a causa do Senhor Deus. Assim, avaliamos a disposição do nosso coração. Isso deveria nos humilhar, constranger, mas também nos levar à contribuição.

A intenção sozinha, não tem valor

“Contudo, enviei os irmãos, para que o nosso louvor a vosso respeito, neste particular, não se desminta, a fim de que, como venho dizendo, estivésseis preparados,” (2 Coríntios 9.3)

É preciso termos intenção e ação caminhando sempre de mãos dadas.

“O que nos levou a recomendar a Tito que, como começou, assim também complete esta graça entre vós.
Como, porém, em tudo, manifestais superabundância, tanto na fé e na palavra como no saber, e em todo cuidado, e em nosso amor para convosco, assim também abundeis nesta graça.” (2 Coríntios 8.6-7)

João, em sua primeira carta, diz:

“Ora, aquele que possuir recursos deste mundo, e vir a seu irmão padecer necessidade, e fechar-lhe o seu coração, como pode permanecer nele o amor de Deus?
Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas de fato e de verdade.” (1 João 3.17-18)

Neste mesmo caso, os próprios apóstolos deram o exemplo de contribuição com prontidão aos irmãos da Judéia.
No livro de Atos, lemos:

“Os discípulos, cada um conforme as suas posses, resolveram enviar socorro aos irmãos que moravam na Judeia;
o que eles, com efeito, fizeram, enviando-o aos presbíteros por intermédio de Barnabé e de Saulo.” (Atos 11.29-30)

A intenção não muda nenhuma condição. A intenção só tem valor quando nos leva a fazer algo. Paulo não queria que aquela intenção comunicada por ele fosse desmentida, mas escreve para que eles acordem e fiquem preparados.

A falta de atenção traz vergonha ao que se comprometeu na contribuição

“para que, caso alguns macedônios forem comigo e vos encontrem desapercebidos, não fiquemos nós envergonhados (para não dizer, vós) quanto a esta confiança.” (2 Coríntios 9.4)

Paulo, também, se preocupa que a falta de atenção, daqueles irmãos, para com a oferta, possa gerar constrangimento a ele. Isso porque ele é que havia falado sobre a disposição dos coríntios em contribuir. Ele também ficaria constrangido com a igreja caso eles não tivessem preparado a oferta.
Paulo tinha receio de que a igreja pudesse falhar na contribuição. Por isso ele envia Tito e outros obreiros, antes e depois. Porque, quando ele fosse, caso alguns irmãos macedônios fossem com ele, os encontraria desapercebidos, e isso geraria muito constrangimento.
Imagine a situação;
Eu digo que eles são generosos e que demonstraram desejo em contribuir. Nós vamos lá, buscar a contribuição deles. Ao chegar os irmãos nem sabem exatamente do que se trata, não prepararam nada.
O apóstolo poderia passar-se por mentiroso e a Igreja passa por avarenta.

É importante estarmos preparados para ofertar

“Portanto, julguei conveniente recomendar aos irmãos que me precedessem entre vós e preparassem de antemão a vossa dádiva já anunciada, para que esteja pronta como expressão de generosidade e não de avareza.” (2 Coríntios 9.5)

O fato de se deixar a oferta pronta, naquele caso, era uma demonstração de generosidade.
Certa vez ao tocarmos numa igreja, durante um final de semana, o pastor nos chamou, ao final do culto, no seu gabinete, e nos surpreendeu. Ele começou a tirar, do seu bolso, notas amassadas e começou a desamassa-las na nossa frente preparando daquele jeito a oferta que seria entregue a nós.
Qual seria a sua impressão se você recebesse uma oferta naquelas condições? A impressão é a de pouco caso, não é?
A forma de contribuição é importante. É preciso preparar de antemão. É preciso separar como algo importante, fundamental, como primícia.
De certa forma, Paulo fala sobre a metodologia na contribuição. O modo como você contribui e se dispõe a isso diz muito sobre a sua generosidade ou a sua avareza.
Aquele pastor, embora tenha contribuído, talvez esteja, até hoje, lamentando aquele valor que foi dado com tanto custo.
Então, sobre o quê a sua oferta fala, sobre sua generosidade ou sua avareza?

Conclusão

A Confissão de Fé de Westminster, diz o seguinte sobre como os santos devem proceder:

“Os santos são, pela profissão de fé, obrigados a manter santa sociedade e comunhão no culto a Deus e na realização de outros serviços espirituais que contribuam para sua mútua edificação, bem como a socorrer uns aos outros em coisas materiais, segundo, respectivamente, as suas necessidades e meios; esta comunhão, conforme Deus oferecer ocasião, deve estender-se a todos aqueles que em qualquer lugar invocam o nome do Senhor Jesus.” (Confissão de Fé de Westminster, capítulo 26, item 2)

Que possamos não ter apenas boas intenções. Mas que possamos praticar a contribuição generosa para com os nossos irmãos, em todo o tempo.

 

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