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Com os olhos na vida eterna

Diego Venancio
25/09/2019
Por que não falamos mais sobre a vida eterna? Por que as músicas que falam sobre o céu sumiram dos nossos cultos? Será amamos demais a nossa vida terrena?

Hoje, vamos trazer, para nossa reflexão, esse importante assunto que é a vida eterna.

A vida eterna

Em 2 Coríntios 5.1-10, Paulo nos dá uma visão sobre alguns aspectos da vida eterna. Para que possamos vê-los, farei, durante esse texto, uma breve análise versículo a versículo.

Vamos ao primeiro versículo desse capítulo 5 de 2 Coríntios:

“Sabemos que, se esta nossa tenda, nossa casa terrena, for destruída, temos um edifício da parte de Deus, uma casa eterna no céu, não feita por mãos humanas. (2 Coríntios 5.1)

Sabemos que, se a nossa casa terrestre, deste tabernáculo, se desfizer, teremos, da parte de Deus, um edifício, casa não feita por mãos, eterna, nos céus.

Este trecho é uma continuação do que foi pregado no capítulo anterior desse mesmo livro. Este primeiro versículo forma um paralelismo com o versículo 16 do capítulo 4 que diz:

“Por isso, não desanimamos; pelo contrário, mesmo que o nosso homem exterior se corrompa, contudo, o nosso homem interior se renova de dia em dia.” (2 Coríntios 4.16)

O tabernáculo

A mesma ideia é apresentada, mas com certa sofisticação, através de uma metáfora muito inteligente e bela: o corpo é comparado a um tabernáculo. A terra, o mundo, é a casa, e o nosso corpo é o tabernáculo que transita por aqui temporariamente.

O tabernáculo era um templo transitório, temporário. Era feito de umas partes de tecido e outras de sustentação com o objetivo de facilitar a mudança de lugar. Ou seja, o tabernáculo não tinha um lugar fixo.

É essa característica que Paulo nos apresenta quando olha para o seu corpo. E quanto a nós, podemos faze a mesma aplicação. Estamos em trânsito. Caminhamos daqui até ali, mas a nossa vida é temporária.

Gostaria de destacar o verbo principal deste versículo: sabemos. Eu pergunto:

Nós sabemos?

Paulo inicia este trecho de sua carta afirmando: “sabemos”.

Ao dizer isso ele mostra que sabe e que tem convicção dessa doutrina. Em outra oportunidade, ele já havia ensinado à Igreja de Corinto. Isso está em 1 Coríntios 15, versículos 53 a 58, onde ele diz:

“Porque é necessário que este corpo corruptível se revista da incorruptibilidade, e que o corpo mortal se revista da imortalidade.

E, quando este corpo corruptível se revestir de incorruptibilidade, e o que é mortal se revestir de imortalidade, então, se cumprirá a palavra que está escrita: Tragada foi a morte pela vitória.

Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?

O aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei.

Graças a Deus, que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo.

Portanto, meus amados irmãos, sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão.” (1 Coríntios 15. 53-58)

O que ele apresenta é a verdade de que ao findar o labor desta vida teremos um edifício, uma casa, preparada, por Deus, para nós. A de que há uma vida eterna preparada para nós.

Mas, nós, sabemos disso?

Sabemos que ao fechar os nossos olhos aqui, estaremos com Cristo?

Como isso se dará?

O que acontecerá ao morrermos?

Quero aproveitar este assunto para esclarecer, biblicamente, como é que será este encontro com o nosso Deus quando morrermos no corpo.

Ao morrermos, imediatamente estaremos com Cristo! Não no corpo, mas na alma. O nosso corpo estará morto, aguardando a ressurreição, enquanto a nossa alma estará, imediatamente, com Cristo, aguardando o fim da história.

Ficaremos dormindo ou iremos ao encontro de Cristo?

Em Atos 13 nós lemos:

“Por isso, também diz em outro Salmo: Não permitirás que o teu Santo veja corrupção.

Porque, na verdade, tendo Davi servido à sua própria geração, conforme o desígnio de Deus, adormeceu, foi para junto de seus pais e viu corrupção.

Porém aquele a quem Deus ressuscitou não viu corrupção.” (Atos 13.35-37)

O texto afirma que Davi adormeceu e foi para junto de seus pais. Essa é uma forma de dizer que ele está em deleite celestial, na vida eterna. Mas note que, ao mesmo tempo, o seu corpo viu a corrupção. Ou seja, por causa pecado, o seu corpo morreu e foi enterrado.

Em Lucas lemos que Jesus disse ao ladrão na cruz:

“Jesus lhe respondeu: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso.” (Lucas 23.43)

No livro de Eclesiastes, Salomão nos diz para lembrarmos do Criador nos dias da mocidade antes que aconteçam uma série de eventos que acontecem, naturalmente, com a degradação da vida.

Ele nos diz para nos lembrarmos do Criador antes que…

“o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu.” (Eclesiastes 12.7)

Em Lucas, temos um ensino extraído da parábola do rico e Lázaro. Do inferno, o rico pode ver Lázaro em glória.

“No inferno, estando em tormentos, levantou os olhos e viu ao longe a Abraão e Lázaro no seu seio.” (Lucas 16.23)

Então, é certo, meu irmão, que este tabernáculo acabando, desfalecendo, teremos um edifício muito superior, muito certo; teremos uma vida eterna que se inicia, imediatamente, após a nossa morte.

Aliás, a vida eterna começa agora, sendo que a morte é apenas um evento necessário para mudança do nosso estado carnal para o espiritual pleno.

Gemendo

Vamos retomar o nosso texto de 2 Coríntios 5, seguindo para o versículo dois:

“Enquanto estamos nessa tenda, gememos, desejando ser revestidos da nossa habitação celestial,” (2 Coríntios 5.2)

Neste tabernáculo, gememos. É por ter essa certeza que Paulo geme, aspirando ser revestido da habitação celestial.  Portanto, podemos compreender que Paulo fala, primeiramente, de si mesmo. Mas ele quer que a Igreja de Corinto tenha o mesmo entendimento que ele, à mesma disposição.

Quando Paulo diz que geme aspirando ser revestido da habitação celestial, ele sabe muito bem o que gemer pela causa de Cristo significa.

Na primeira carta aos Coríntios, ele diz:

“Porque a mim me parece que Deus nos pôs a nós, os apóstolos, em último lugar, como se fôssemos condenados à morte; porque nos tornamos espetáculo ao mundo, tanto a anjos, como a homens.

Nós somos loucos por causa de Cristo, e vós, sábios em Cristo; nós, fracos, e vós, fortes; vós, nobres, e nós, desprezíveis.

Até à presente hora, sofremos fome, e sede, e nudez; e somos esbofeteados, e não temos morada certa,

e nos afadigamos, trabalhando com as nossas próprias mãos. Quando somos injuriados, bendizemos; quando perseguidos, suportamos;

quando caluniados, procuramos conciliação; até agora, temos chegado a ser considerados lixo do mundo, escória de todos.” (1 Coríntios 4. 9-13)

Perceba que este gemido a que Paulo se refere acontece em prol do reino, ao se pagar o preço de viver como apóstolo.

A preocupação com a vida eterna

Me incomoda um pouco o fato de que estamos sempre muito preocupados com as questões da nossa vida sem nos preocuparmos com a questão da vida eterna. As nossas maiores preocupações são com a nossa saúde, o nosso emprego.

A nossa família vem em primeiro lugar e quase nunca estamos tão preocupados com nossa frieza espiritual, com o nosso crescimento espiritual, com o nosso comprometimento com Cristo.

Tudo parece tirar, de nós, suspiros de preocupação. Mas não vemos, nos pedidos de oração, os pedidos pelo crescimento e amadurecimento espiritual para podermos viver uma vida mais firme com Cristo e, assim, ter um desejo verdadeiro de estar com ele o quanto antes.

Gememos de que, meu irmão?

Padecemos pelos nossos pecados? Nos entristecemos por eles? Sofremos porque não bancamos as nossas convicções cristãs nos lugares onde frequentamos, com as pessoas que convivem conosco? Gememos pelo quê? O que nos faz desejar sermos revestidos da habitação celestial?

Eu arrisco dizer que estamos vivendo tempos de muito conforto terreno. Não lembramos mais do céu, não cantamos a vida eterna. Já não tenho visto cantarmos músicas sobre o céu em nossos cultos. Não tenho visto pregarmos mais sobre a vida celestial. Por quê?

Se estivéssemos vivendo em perseguição por causa de Cristo, aí sim! Desejaríamos o céu, desejaríamos a vida eterna, desejaríamos estar com Cristo. Desejaríamos morrer para ver o nosso salvador, o amado das nossas almas!

Vestidos e não despidos

Vamos ver o versículo 3:

“pois, se de fato estivermos vestidos, não seremos achados despidos.” (2 Coríntios 5.3)

Aqui, Paulo muda um pouco a metáfora usada, comparando o corpo a uma vestimenta. O estar vestido é estar no corpo. Estar nu significa estar com a alma sem o corpo. Aqui vemos, muito possivelmente, um combate ao gnosticismo e outras heresias que rondavam a igreja de Corinto.

Mais uma vez tenho que retomar o argumento de que ao morrermos, nossos corpos aguardam a ressurreição enquanto a nossa alma irá imediatamente ao encontro de Cristo. É unicamente neste momento que há uma separação entre o corpo e a alma eterna.

Novamente o sono

Portanto, essas idéias de sono da alma, em que o alma fica dormindo até que Jesus volte é, completamente, anti-bíblica. Essa ideia ou qualquer outra ideia em que a nossa alma fica vagando por aí sem corpo. Para os gnósticos isso era o clímax, era a completa libertação do corpo, da matéria, que é inferior. Esse pensamento é semelhante ao pensamento espírita que vemos em nossos dias.

Aliás, essa questão do sono alma é uma doutrina adventista. Por isso digo aos irmãos: muito cuidado ao ouvirem os adventistas, pois eles não creem na doutrina da justificação e não tem a certeza de que, na morte, estarão imediatamente com Cristo. Eles crêem que a definição de quem irá para o céu ou não se dará, apenas, na volta de Cristo, no juízo. Segundo eles, as almas que não conseguiram ter um bom viver e não cumpriram o que era necessário serão aniquiladas.

“Porque, enquanto estamos nessa tenda, gememos e somos afligidos, pois não queremos ser despidos, mas sim revestidos, para que aquilo que é mortal seja absorvido pela vida.” (2 Coríntios 5.4)

É mais ou menos assim:

Paulo, ao sofrer ou gemer, não deseja, com isso, sair do corpo para não ter mais sofrimento. Deseja o correto, o que lhe foi ensinado, que é o mortal ser completamente transformado no imortal numa realidade eterna.

Não existe um estado intermediário entre o morrer e o estar com Cristo. O único estado intermediário que há é o do corpo aguardando a ressurreição enquanto a alma já está com Cristo.

Vivendo pela fé

Em Gálatas, Paulo diz:

“Estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de
Deus…” (Gálatas 2. 20)

Paulo diz viver essa vida pela fé. A fé é o que dá a esperança. Essa esperança é a esperança de ter o seu corpo carnal absorvido e transformado pelo corpo celestial.

Esse gemer angustiante que Paulo nos apresenta, não é uma coisa que só acontece com os crentes. Os ímpios também gemem. Porém, no final das contas, quando a vida vai se findando eles não tem mais o que desejar senão a continuação da mesma vida angustiante. Para eles, não há esperança de vida eterna.

Já o crente, porém, deseja morrer por saber que o que o espera é uma realidade muito superior. Nós, cristãos, estamos numa terra estranha, como forasteiros, estrangeiros. Por isso, deveria ser natural que desejássemos a morte. Mas, às vezes, parece que estamos desejando a nossa boa vida terrena, querendo a vida eterna aqui mesmo.

“Foi Deus mesmo quem nos preparou para isso, e deu-nos o Espírito como garantia.” (2 Coríntios 5.5)

Agora, o que o versículo 5 nos mostra, é que não temos, naturalmente, essa prontidão para morrer. Nós, naturalmente, não desejamos a morte. Ao contrário, queríamos ter uma vida eterna aqui mesmo, se fosse possível.

Mas o versículo 5 nos afirma que foi Deus quem nos preparou para isso. E faz algo extraordinário, que é colocar o Espírito Santo como penhor. Ou seja, o Espírito Santo como garantia de que a morte e consequentemente a vida eterna nos será muito melhor do que a vida terrena.

O penhor como garantia

Conversando com um amigo advogado, falei da beleza deste trecho que diz que Deus colocou o Espírito como penhor, como garantia de pagamento, digamos assim. Ele me explicou que um bem que é colocado como penhor, ainda que seja seu único bem de desfrute, pode ser tomado se for necessário. Um bem penhorado é realmente uma garantia de pagamento, ainda que seja  o seu único bem.

Isso quer dizer que o Espírito dado como penhor é algo certo, plenamente garantido, sem nenhuma chance de que dê algo errado. Na verdade, se pensarmos que o Espírito é Deus eternamente procedente do Pai e do Filho, saberemos que Deus se coloca como penhor. A palavra de Deus tem valor eterno. A Sua palavra, na verdade, é Ele mesmo se colocando como garantia.

“Portanto, estamos sempre confiantes, sabendo que, enquanto presentes no corpo, estamos ausentes do Senhor;” (2 Coríntios 5.6)

Por causa da garantia que temos, do penhor do Espírito, temos disposição, temos alegria, vivemos felizes nessa condição que é transitória e vai passar em breve.

A vida eterna nos está garantida e isso nos enche de alegria. Já o ímpio vive em constante desconforto diante da vida por causa da morte.

Nós vivemos entre a tristeza do pecado que ainda cometemos neste corpo e a certeza do perdão e de que, um dia, este corpo será glorificado, transformado numa natureza impecável, numa vida eterna.

“porque vivemos pela fé e não pelo que vemos.” (2 Coríntios 5.7)

Este versículo responde o que vem antes pelo fato de estarmos ausentes do Senhor. Estamos ausentes de ver o Senhor face a face. Se não vemos o Senhor, ainda, então andamos com essa esperança, pela fé, baseando a nossa vida na esperança e não naquilo que vemos.

Não vemos para crer, mas cremos que um dia veremos.

Ora se é fé não é por vista. A fé está em oposição a vista.

Hebreus nos traz a melhor definição de fé:

“Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não veem.” (Hebreus 11.1)

Vamos seguir para o versículo 8:

“Assim, estamos confiantes e preferimos estar ausentes do corpo e presentes com o Senhor.” (2 Coríntios 5.8)

Estamos em plena confiança! Esta doutrina serve para isso, meu irmão. Serve para nos dar, cada vez mais, confiança diante das aflições, perseguições e adversidades que a vida nos impõe.

Não é certo ficarmos choramingando pelos cantos porque perdemos isso ou aquilo, porque estamos doentes, aflitos ou desempregados. Essas aflições devem ser vencidas pela confiança de que nosso futuro está garantido, na realidade celestial, e que o que aqui vivemos é apenas um breve momento de aflição.

Veja que perfeição é esse versículo:

“Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda comparação,

não atentando nós nas coisas que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se não veem são eternas.” (2 Coríntios 4. 17-18)

É por isso que o homem piedoso tem segurança.

“segundo a minha ardente expectativa e esperança de que em nada serei envergonhado; antes, com toda a ousadia, como sempre, também agora, será Cristo engrandecido no meu corpo, quer pela vida, quer pela morte.

Porquanto, para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro.” (Filipenses 1.20-21)

A fé genuína deve produzir não só um desprezo pela morte mas, também, um anseio por ela. O medo da morte demonstra falta de confiança nessas verdades.

Se você tem medo de morrer, talvez não tenha descansado ainda na obra que Cristo desempenhou, talvez não tenha entendido o que você conquistou com a vitória de Cristo sobre o pecado.

Um soldado em guerra

O crente vive como um soldado em guerra. Ele não se mete na frente dos fuzis para morrer, ao contrario luta para preservar sua vida. Faz isso porque entende que o seu posto é importante para a batalha. Mas ele também sabe que se for atingido e o dia chegar, irá feliz, com o senso de que a missão foi cumprida. Não terá pena de sua vida pois sabe que a honra é maior na morte do que na vida.

Mais uma vez, o texto nos dá a certeza de que, ao fechar os olhos nesta vida, estaremos, imediatamente, com Deus, imersos na vida eterna. Paulo compreende isso. Sabe que ao sair do corpo se encontra com Deus. Ao fechar os olhos aqui, dar o último suspiro, no segundo seguinte estará imerso em glória infinita.

“Por isso também nos esforçamos para agradá-lo, quer no corpo, quer fora dele.” (2 Coríntios 5.9)

Existe algo que podemos melhorar no entendimento do texto. Estamos prestes a nos encontrar com Deus. Existe um desejo em comum entre nós que estamos vivos e os que já estão com Deus. Esse desejo é o de agradar a Deus.

Quando Paulo fala, quer no corpo, quer fora dele, está defendendo a imortalidade da alma. Quando diz “quer no corpo, quer fora dele”, essa expressão significa “quer presentes, quer ausentes”.

Devemos nos lembrar, sempre, de viver bem, de fazer o bem, de sermos diligentes, cuidadosos, pois somos uma espécie de inquilinos aqui nesta terra, como diz João Calvino. E quando o nosso tempo aqui findar vamos nos encontrar com Cristo.

Por causa dessa certeza é que não devemos viver de maneira desleixada, menosprezando os efeitos do pecado, diminuindo o valor da Igreja, não cuidando e socorrendo os nossos irmãos. Vamos dar conta de tudo isso perante Cristo. E isso é apresentado no próximo e último versículo do nosso estudo.

O tribunal de Cristo

“Pois é necessário que todos sejamos apresentados diante do tribunal de Cristo, para que cada um receba retribuição pelo que fez por meio do corpo, de acordo com o que praticou, seja o bem, seja o mal.” (2 Coríntios 5.10)

É fato meus irmãos, e dessa realidade não podemos fugir. Um dia estaremos todos diante do tribunal divino, para dar conta daquilo que fizemos no corpo. Vamos ver o que as Escrituras falam sobre essa realidade.

Vejamos o que diz em Atos dos apóstolos:

“Ora, não levou Deus em conta os tempos da ignorância; agora, porém, notifica aos homens que todos, em toda parte, se arrependam;

porquanto estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça, por meio de um varão que destinou e acreditou diante de todos, ressuscitando-o dentre os mortos.” (Atos 17.30-31)

Agora no evangelho de João:

“E o Pai a ninguém julga, mas ao Filho confiou todo julgamento,

a fim de que todos honrem o Filho do modo por que honram o Pai. Quem não honra o Filho não honra o Pai que o enviou.

Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida.

Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora e já chegou, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus; e os que a ouvirem viverão.

Porque assim como o Pai tem vida em si mesmo, também concedeu ao Filho ter vida em si mesmo.

E lhe deu autoridade para julgar, porque é o Filho do Homem.” (João 5.22-27)

Veja que este julgamento não é um julgamento para a salvação, mas é um julgamento de obras. É certo que o crente estará na realidade eterna e não será julgado dos seus pecados, pois o crente está justificado por Cristo. O julgamento, então, será uma premiação pelas boas obras preparadas por Deus de antemão.  Por isso o crente não precisa temer este encontro.

Mas, a questão aqui também envolve os falsos mestres que rondavam a igreja de Coríntio. Paulo queria apresentar esta doutrina, a de que aqueles que buscavam somente os aplausos e  o reconhecimento, um dia teriam suas obras julgadas por Cristo.

Mas o julgamento é uma realidade, até mesmo o julgamento de anjos.

Veja o que diz o livro de Judas:

“Quero, pois, lembrar-vos, embora já estejais cientes de tudo uma vez por todas, que o Senhor, tendo libertado um povo, tirando-o da terra do Egito, destruiu, depois, os que não creram;

e a anjos, os que não guardaram o seu estado original, mas abandonaram o seu próprio domicílio, ele tem guardado sob trevas, em algemas eternas, para o juízo do grande Dia;

como Sodoma, e Gomorra, e as cidades circunvizinhas, que, havendo-se entregado à prostituição como aqueles, seguindo após outra carne, são postas para exemplo do fogo eterno, sofrendo punição.” (Judas 1. 5-7)

Leiamos Eclesiastes:

“De tudo o que se tem ouvido, a suma é: Teme a Deus e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo homem.

Porque Deus há de trazer a juízo todas as obras, até as que estão escondidas, quer sejam boas, quer sejam más.“ (Eclesiastes 12.13-14 )

Vejamos o que nos diz a carta aos Romanos:

“Estes mostram a norma da lei gravada no seu coração, testemunhando-lhes também a consciência e os seus pensamentos, mutuamente acusando-se ou defendendo-se,

no dia em que Deus, por meio de Cristo Jesus, julgar os segredos dos homens, de conformidade com o meu evangelho.” (Romanos 2.15-16)

Ainda em Romanos, no capítulo 14:

“Tu, porém, por que julgas teu irmão? E tu, por que desprezas o teu? Pois todos compareceremos perante o tribunal de Deus.

Como está escrito: Por minha vida, diz o Senhor, diante de mim se dobrará todo joelho, e toda língua dará louvores a Deus.

Assim, pois, cada um de nós dará contas de si mesmo a Deus.” (Romanos 14.10-12)

Por fim, vejamos o evangelho de Mateus:

“Digo-vos que de toda palavra frívola que proferirem os homens, dela darão conta no Dia do Juízo;

porque, pelas tuas palavras, serás justificado e, pelas tuas palavras, serás condenado.” (Mateus 12. 36-37)

Conclusão

Se você estiver desprezando esta doutrina, o meu desejo é de que, hoje, você passe a amá-la. Todos nós, devemos desejar a vida eterna, amar a vida eterna, viver aqui mas com olhos na vida eterna. Isso porque não somos daqui, não somos naturais desta terra, mas nascemos de novo do Espírito que nos faz naturais do céu.

Assim, meu irmão, prepare-se para a vida eterna que Deus preparou para os seus com seu imenso amor. Prepare-se para este grande encontro da sua vida, que se dará muito em breve.

 

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