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Aborto: por que o cristão deve se importar com isso?

Marcos David Muhlpointner
25/03/2022
O cancelamento virtual tão comum nas redes sociais agora é feito na vida ordinária das pessoas: o aborto se tornou um capricho, uma conveniência.

 

A Colômbia aprovou recentemente uma lei que permite o aborto numa gestação de até 24 semanas, ou seja, 6 meses de gestação. Observamos a pressão que todas as casas legislativas do mundo têm sofrido para estabelecer leis como essas, que condenam à morte milhões de crianças por ano. Por isso, resolvemos escrever algo sobre a vida e, consequentemente, sobre o aborto, para contribuir com este assunto. [Nota do editor]

A vida dos seres humanos

A primeira célula do ser humano que se forma é o zigoto. Essa célula se forma a partir da fecundação do óvulo, quando ele se funde ao espermatozoide.

O óvulo tem 23 cromossomos, sendo um deles o cromossomo sexual X que define o sexo da pessoa. Da mesma maneira, o espermatozoide tem 23 cromossomos. Um deles pode ser o cromossomo sexual X, que determinará que aquela pessoa será uma mulher, ou pode ser o cromossomo Y, que determinará que a pessoa vai ser um homem.

Todas as pessoas possuem, então, 46 cromossomos, salvo os casos de algum tipo de síndrome cromossômica em que a carga genética poderá ser de 45 ou 47 cromossomos. Em muitos casos, a vida é compatível mesmo com um cromossomo a mais, como é o caso das pessoas com síndrome de Down ou a síndrome de Klinefelter (47 cromossomos), e também com um cromossomo a menos, que é o caso da síndrome de Turner (45 cromossomos). Ainda que esses problemas cromossômicos aconteçam, o zigoto formado é de um ser humano.

Assim, entendemos que no ato da concepção já existe um ser humano com todas as suas potencialidades e características determinadas pelo seu genoma.

O relato da Bíblia

Isso remonta ao que foi criado por Deus, como descrito no livro de Gênesis:

“Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.” (Gênesis 1.27)

Esse homem foi criado para se relacionar com uma mulher, bem como a mulher foi criada para se relacionar com um homem. A cosmovisão cristã ortodoxa não encontra, no relato bíblico, outra possibilidade criada por Deus.

O homem e a mulher foram criados à imagem e semelhança de Deus. Isso lhes confere uma dignidade diferente da dos outros seres vivos. Isso não significa que ao ser humano foi dada a autoridade de abusar dos outros animais, nem dos outros seres vivos e nem da natureza em geral.

O relato mosaico é muito claro. Mostra que o ser humano, homem e mulher, foi constituído como administrador, uma espécie de mordomo, da criação de Deus.

Adão e Eva foram colocados como representantes de Deus na criação a fim de espelharem certos atributos divinos que foram comunicados a eles. Inteligência, capacidade de amar, de se relacionar, de agir com bondade, entre tantas outras ações divinas, podem ser desenvolvidas pelas pessoas justamente porque Deus as dotou disso. Adão e Eva viviam em plena harmonia com Deus e com o resto da criação. Entretanto, o pecado entrou no mundo pela desobediência deles, mudando esse cenário.

A presença do pecado

A presença de Deus passou a ser temida por Adão e Eva, a ponto de eles tentarem se esconder dEle. O trabalho na administração da criação passou a ser oneroso para a humanidade. Agora a harmonia que existia já não estava mais presente. A relação entre Adão e Eva também foi prejudicada. Isso é percebido quando ambos tentam se esquivar da responsabilidade de terem pecado contra Deus. Primeiro, a mulher joga a culpa na serpente. Depois, Adão joga a culpa na mulher e, por tabela, joga em Deus o fato de Ele tê-la dado.

Então, é a partir desse relato da desobediência dos nossos primeiros pais e suas consequências que a cosmovisão cristã compreende que todas as mazelas e maldades ocorrem no mundo. Isso já é visto no primeiro assassinato, que é maquinado, por assim dizer, no momento do culto.

Ao prestarem culto a Deus, Caim e Abel são confrontados com as motivações dos seus corações. O intuito desviado do coração de Caim não é controlado por ele (mesmo advertido por Deus). A natureza pecaminosa dele já se fazia presente. Ele matou seu irmão por inveja, desejo de superioridade, ganância e por aquele desejo de decidir seu próprio destino.

No fundo, o desejo humano de ser independente de Deus, despertado pelo diabo no Éden, é a raiz de todos os males. Ter decidido desobedecer a Deus fez com que a humanidade, representada por Adão e Eva, buscasse seus próprios caminhos, longe de Deus.

O contexto do aborto

O desejo pelo aborto é mais um capítulo nessa narrativa de afastamento daquilo que Deus determinou para o ser humano. A sede pela independência, pela autodeterminação da vida e pela vontade de não prestar contas a ninguém culmina na celebração de uma lei espúria e pecaminosa feita para matar um ser humano ainda dentro do útero.

As pessoas não são donas de si – nunca foram e nunca serão. No núcleo familiar, estamos vinculados diretamente aos nossos pais, irmãos e avós. No âmbito social, acima de nós estão os governantes, instituídos pelo próprio Deus (veja Romanos 13). No âmbito profissional, muitos de nós somos empregados e temos a quem prestar contas. Mesmo os patrões prestam contas ao governo. No ambiente escolar, temos as figuras de autoridade representadas pelos diretores, coordenadores, professores e inspetores de alunos. Não há nenhuma instância da vida em que não haja uma autoridade.

Entretanto, na ânsia de controlar o próprio destino, o ser humano dispõe, de maneira pecaminosa, do primeiro bem que recebe de Deus: sua própria vida. “Vivo a minha vida do jeito que eu quiser. Ninguém tem nada a ver com isso.” Esse é o pensamento dominante nos nossos dias. “A sua verdade serve para você e eu tenho outra verdade, diferente da sua.” Todo o senso de dependência de Deus e da Sua autoridade já não existe mais.

A desvalorização da vida

É com esse pano de fundo que a decisão do aborto entra na história da humanidade. Dispor da vida humana passou a ser mais uma das banalidades da nossa existência. A vida humana é descartada sem nenhum pudor, sem nenhum senso de responsabilidade. Pelo contrário, a celebração da possibilidade de se matar uma criança de seis meses de idade gestacional mostra a futilidade atribuída a essa vida.

As pessoas parecem viver num jogo de vídeo-game. No entanto, a vida não tem um botão de reset para zerar e começar de novo. O cancelamento virtual tão comum nas redes sociais agora é feito na vida ordinária das pessoas. Nos aplicativos de relacionamento, tão comuns entre as pessoas, se eu acho que aquela pessoa não serve para mim, eu aperto o “X” e ela simplesmente “desaparece” e eu não a vejo mais. “Se eu não gosto de você, eu te bloqueio ou te deleto da minha vida.”

Agora isso é celebrado com leis que apoiam o aborto de pessoas que não pediram para serem geradas. São completamente indefesas e inocentes nesse aspecto.

Conclusão

Até quando as pessoas vão viver à margem do que Deus estabeleceu? Eu respondo: até o momento em que Deus pesar as Suas mãos sobre elas. Não nos enganemos; Deus já começou a fazer isso – no Éden, com Caim, no dilúvio, na torre de Babel, na peregrinação no deserto, nos vários exílios do Seu povo, com Ananias e Safira e em toda a história da humanidade. Nossa hora vai chegar!

 

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